Zeca Pagodinho revela tristeza na quarentena: “Está esquisito o bagulho”
Em conversa com Pedro Bial, o cantor revelou que está até sem inspiração para escrever canções
atualizado
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O cantor Zeca Pagodinho está desanimado com a quarentena por conta do novo coronavírus. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, na madrugada desta quinta-feira (02/07), o compositor se mostrou muito desanimado e falou da saudade da rua e dos shows.
“Que vida é essa, Bial? Eu gosto da rua, do botequim, da conversa fiada, do partido alto, da favela. Estou louco para cantar o meu samba e ver os meus amigos. Tenho saudade dos shows, dos aplausos e dos sorrisos. Eu fico esperando acordar um dia e alguém me dizer: ‘Acabou'”, desabafou para Pedro Bial.
Em 100 dias de isolamento social com as duas filhas e o neto, Zeca Pagodinho diz que ocupa parte do tempo vendo novelas e já leu até o próprio livro – Zeca: Deixa o Samba me Levar, escrito por Leonardo Bruno e Jane Barboza. “Outro dia eu li o meu próprio livro, que eu nunca tinha lido”, comentou.
Sem inspiração
O mais preocupante para o artista, conhecido por escrever sambas como respira, é que tem tido crise de inspiração, compondo poucas canções. “Esse ano eu fiz umas quatro músicas. Para quem fazia quatro por dia, isso é bem pouco.”
E revela que em alguns dias ele acorda muito triste. “Eu moro em frente ao mar e não vejo mais ninguém na rua, mais nada, está tudo parado”. “Eu gostava de sair todos os dias, de ir na gravadora, no salão e está esquisito o bagulho”, alertou.