Sem shows, setor do entretenimento vive crise com coronavírus
Com o adiamento de shows, funcionários do setor estão preocupados com o futuro
atualizado
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Um dos setores mais afetados com o coronavírus é o do entretenimento. Pelo menos é o que garante Leo Dias, durante o programa Os Cabeças da Notícia, na Rádio Metrópoles 104,1 FM. O jornalista afirma que, com o isolamento social e o cancelamento das apresentações de artistas, não há faturamento. E como ficam os trabalhadores envolvidos com as empresas?
Segundo Dias, empregados de empresas do setor estão preocupados com o futuro, que é incerto. Profissionais foram dispensados e muitos não são contratados pelo regime CLT.
O jornalista afirma que entrou em contato com algumas grandes agências do setor. A Work Show, maior escritório musical do país, ainda faz um levantamento sobre a crise. Eles gerem a carreira de nomes como Marília Mendonça, Maiara e Maraísa, Henrique e Juliano e Zé Neto e Cristiano. Segundo a empresa, os prejuízos são incalculáveis e nunca houve tal situação antes na história da música. Quanto ao salário de funcionários de estrada, a maioria dos escritório diz que, no momento, “estão fazendo levantamento e buscando soluções.
Para os artistas, nem tudo é crise. Muitos deles faturam com o serviço de streaming. É o caso de Gusttavo Lima, que tem quatro entre as 10 músicas mais tocadas na internet. Marília Mendonça, que é a maior compositora da atualidade no país, segundo Dias, continua recebendo direitos autorais. Mas e os artistas que não têm essa fonte de renda?
Leo Dias também procurou o escritório de Luan Santana, que, segundo a assessoria, ainda não tem um posicionamento oficial, mas acredita que não haverá cortes na equipe do sertanejo. Michel Teló informou que manterá toda a sua equipe, mesmo sem fazer nenhuma apresentação.
Apesar de tudo, o mundo sertanejo será o menos impactado. Artistas do samba, por exemplo, serão os mais prejudicados, pois o faturamento é bem menor. Thiaguinho, por exemplo, recebe o mesmo em um show que o estreante Felipe Araújo.
Gusttavo Lima, que agencia a própria carreia, informou que não fará cortes na empresa. “É hora de agirmos como ser humanos. Não vou deixar meus funcionários na mão. Não vou demitir ninguém, nem reduzir o salário de nenhum funcionário. Eu tenho cerca de 50 pessoas que viajam comigo e outras 50 nas minhas empresas, e tudo permanecerá igual”, garantiu o cantor.
Mas ele sabe que o mercado não agirá como ele. Por isso, Gusttavo Lima convocou para a próxima quinta-feira (26/03) empresários de música sertaneja para uma reunião em que discutirão como agir nos próximos meses.