“Rainha do Peladão” é barrada na porta de hospital em Manaus e viraliza na web
“Eu, como criadora de conteúdo, não posso entrar? Como rainha também não? E como paciente?”, indagou a influenciadora
atualizado
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Uma influenciadora digital gravou um vídeo, nesse sábado (16/1), na tentativa de mostrar a situação do Hospital 28 de Agosto, em Manaus, um dos que está superlotado de pacientes internados com Covid-19. As imagens viralizaram nas redes sociais (veja o vídeo abaixo).
Intitulada a rainha do reality show Peladão a Bordo, concurso de sensualidade que ocorre no Amazonas, Sanndy Brasil chegou à portaria do local e foi logo abordada por um dos vigilantes, que a impediu de entrar, explicando a situação de risco da unidade de saúde.
“Eu gostaria só de mostrar a situação do hospital”, questiona a influenciadora, sendo informada pelo funcionário que a entrada só seria permitida com autorização do hospital.
“Eu, como criadora de conteúdo, não posso entrar? Como rainha também não? E como paciente?”, indaga a mulher, que é esclarecida pelo homem que, como paciente, ela só poderia entrar se estivesse com sintomas graves da Covid-19.
O vídeo gravado por Sanndy Brasil foi parar na internet e acabou sendo um dos assuntos mais comentados do Twitter, desde a madrugada deste domingo (17/1).
No perfil dela no Instagram, a jovem mostrou todo o percurso de sua ida ao hospital. “De volta no 28 de agosto. Vou passar só para a ver a situação, somente. Tô toda equipada, tô de máscara, inclusive de jaleco também, somente para olhar a situação”, explicou ela.
Hospital de portas fechadas
O Hospital 28 de Agosto é o maior pronto-socorro de Manaus e está com as portas fechadas por conta de superlotação e tem precisado de ajuda da Polícia Militar para evitar tumulto na entrada.
Familiares estão sendo orientados a levar o próprio oxigênio para evitar a morte por asfixia de parentes internados. Há relato de pacientes que morreram na maca da ambulância por falta de atendimento.
“Há pessoas morrendo na maca da ambulância porque não tem como entrar no hospital. Estamos aqui para atender e sofremos também”, disse o médico José Francisco dos Santos, supervisor de cirurgia no hospital há 35 anos. ”
A unidade possui 52 leitos de UTI e todos estão ocupados. São ao menos cem pacientes, entre enfermaria e unidade de tratamento intensivo, com necessidade de oxigenação, segundo dados divulgados na sexta-feira (15/1). De acordo com Santos, a situação de calamidade é semelhante em muitos outros hospitais públicos e particulares.
(Com informações da Agência Estado)
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