Ex-campeã mundial de vôlei fala sobre depressão após se aposentar
“Tomava remédios, mas a tristeza que sentia não passava. A minha vida estava se cor”, diz Fernanda Venturini
atualizado
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Fernanda Venturini fez história no vôlei brasileiro. Há cerca de nove anos, a ex-atleta deixava as quadras e se aposentava do esporte, após mais de duas décadas jogando por vários clubes. Em entrevista à revista Páginas da Gávea, ela relembrou uma época difícil da vida, depois que se aposentou do vôlei: a depressão.
“Quando parei de competir, tive depressão. Tomava remédios, mas a tristeza que sentia não passava. A minha vida estava se cor. Adorava a pressão de jogar no campo do adversário”, contou Fernanda. Hoje, ela pratica ciclismo e frescobol, mas apenas como hobby.
Com 50 anos de idade, Fernanda “trocou” o esporte pela comida. É sócia de um restaurante de refeições mediterrânea, que fica em Ipanema, no Rio de Janeiro. “A alimentação é que faz a gente envelhecer. O câncer é a inflamação das células e o que inflama a célula são os carboidratos e os doces. Simples assim”, diz.
Durante o bate-papo com a revista, a ex-atleta revelou que interferiu na candidatura do marido, Bernardinho, técnico da seleção brasileira de vôlei masculino. “Você acha que um pessoa correta pode entrar na política no Brasil atualmente? Interferi colocando o meu ponto de vista, pois o conheço muito bem e sabia que se ele entrasse na política eu iria perdê-lo. Bernardinho ficaria doente quando tivesse que conviver com corruptos e com gente que ele não confiasse. Acredito que ele possa ajudar, mas não estar à frente”