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Demitido do Grupo Globo por vídeo na web, repórter sugere racismo

Adalberto Neto pediu, ainda, que a redação tenha mais profissionais negros

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Após gravar seu editor comemorando a vitória do Flamengo na final da Libertadores, Adalberto Neto, demitido do Grupo Globo, sugeriu uma questão racial no processo de desligamento. Ao colunista Leo Dias, do portal UOL, o jornalista afirmou não saber o real motivo da demissão.

“Realmente, não foi informado o motivo da minha demissão. Meu editor apenas disse que foi um pedido da direção pelo ‘conjunto da obra’, mas ele não soube responder – ou não podia – me informar a respeito”, disse ele.

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E ele foi notificado pela Justiça para retirar o vídeo
Adalberto denunciou suposta fraude em sistema de cotas raciais no concurso do TJDFT
Ele é influenciador e humorista
Caso repercutiu nas redes sociais e na imprensa na última semana
Adalberto Neto
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E ele foi notificado pela Justiça para retirar o vídeo

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Adalberto denunciou suposta fraude em sistema de cotas raciais no concurso do TJDFT

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Ele é influenciador e humorista

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Caso repercutiu nas redes sociais e na imprensa na última semana

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Adalberto, contudo, teria notado por meio de seus colegas de trabalho, que o desligamento seria, sim, por causa do vídeo disseminado na internet. O repórter, porém, acha estranho que somente ele tenha deixado a empresa sem advertência.

O jornalista ainda aponta a questão racial pelo fato de ser negro. “Para quem tem o mínimo de letramento racial, é impossível não racializar essa minha demissão”, disse.

“Um país, uma empresa […] são feitos por pessoas. E se as pessoas não conseguem ter um olhar amplo sobre tudo, suas ações, de modo geral, nunca vão ser eficientes e, em alguns casos, bastante injustas, carregadas de conceitos e preconceitos, que nem pensamos na hora, porque fazem parte da estrutura sobre a qual a nossa sociedade se formou. É automático também”, refletiu Adalberto.

Ele ainda declarou que seu pronunciamento não tem o intuito de prejudicar o jornal. “Em todas as lutas dessa vida é importante que estejamos juntos. O inimigo nunca é o outro, mas certas formas de pensar, que levam a certas maneiras de agir”, disse.

Por fim, Adalberto pediu que o jornal tenha mais profissionais negros. “Entre os editores executivos, só há uma mulher preta, e que é incrível, diga-se de passagem. A diversidade não é bacana apenas no campo da discussão nem para mostrar que estamos antenados com o momento, em que a questão se tornou mais que urgente. A diversidade é a vida”, concluiu.

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