Normalmente, depois dos excessos alimentares, somos tomados por uma culpa horrível. Na Páscoa, com a abundância de oferta de chocolate, esse sentimento é potencializado. Aí eu questiono: por que será que mesmo sabendo que depois vai bater o arrependimento, por ter exagerado na quantidade, acabamos repetindo inúmeras vezes o mesmo erro?

Vamos lá. Deixa eu explicar. Nosso cérebro funciona assim:

Alimentos ditos “gostosos” contêm em sua maioria gordura, açúcar e sal. Esses nutrientes têm o poder de aguçar os sentidos e causam euforia, uma “sensação de bem-estar”. Por isso, eles nos levam a querer repetir a “dose”–comer mais. Ou seja, ocorre um aumento na produção de endorfina e dopamina, gerando uma sensação prazerosa que estimula o consumo destes tipos de alimentos.

O grande problema está em fazer desses momentos, que deveriam ser exceção, um hábito.

Essa sensação de satisfação passa. Aí, bate a culpa. E você promete que vai começar a dieta, vai entrar na academia, que vai passar o dia só no líquido, na proteína e por aí vai.

O que eu quero dizer com isso? Vão existir muitos momentos em que teremos vontade de comer alimentos que “não são saudáveis”. Isso faz parte. Ontem, foi a Páscoa. Qual o problema em comer um pedacinho de chocolate? Nenhum. A questão é a quantidade. Temos que ter controle sobre a comida e não o contrário.

Agora, se você só sossega quando o ovo de Páscoa tiver acabado e, se tiver outro, não para de pensar nele, talvez seja a hora de procurar um profissional para ajudar a controlar essa compulsão.

Reprogramando a rota
A intenção desse texto é fazer um alerta quanto ao nosso comportamento mediante a comida. Temos que trabalhar a nossa mente no sentido de que a comida não pode exercer uma força maior sobre nós, temos que ter autocontrole. Não precisamos ser tudo ou nada. Até porque, radicalismo não se consegue manter por muito tempo.

Porém, comece a mudar o seu pensamento, aprenda também a fazer escolhas saudáveis. E o mais importante: tenha total controle sobre a quantidade que está consumindo. Não precisamos de muito para nos satisfazer, tenha certeza que o segundo pedaço da fatia do bolo não é diferente do primeiro, então, se satisfaça com um. E não se sinta na obrigação de comer se não sentir vontade, não é porque todo mundo come que você também tem que comer.

Se acontecer de exagerar, não desista do seu propósito, não fique se remoendo e se sentido culpado, volte para o seu foco sem neuras.

O importante é o que você irá fazer daquele momento para frente. Tenha sempre consciência da sua alimentação, do que está comendo e reflita sobre suas falhas. Só assim melhoramos e transformamos nossas vontades em realidade. Seu corpo só será aquilo que deseja quando a sua mente assumir que você é responsável por suas atitudes.

Aí vai uma playlist para você: treino pós-feriado de DjRaas Anderson