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Alimentação balanceada pode ajudar no tratamento de pacientes com ELA

Uma dieta adequada tem a capacidade de prevenir a doença, impedir seu agravamento ou retardar seu avanço

atualizado

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Suco coração laranja
1 de 1 Suco coração laranja - Foto: iStock

Não restam dúvidas: uma boa alimentação é uma grande aliada para todas as pessoas — independentemente da idade ou do estado de saúde.

Esse conceito não está limitado apenas para quem quer emagrecer, pesquisas confirmam que a qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas pode melhorar se eles tiverem uma alimentação balanceada. Pode, inclusive, impedir o agravamento ou retardar o avanço dessas doenças.

Segundo a nutricionista Ludimyla dos Santos Rodrigues, especialista em doenças crônicas não transmissíveis, pessoas diagnosticadas com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) se encaixam nesse grupo e podem apresentar melhora ao balancearem a dieta.

“Podemos, por exemplo, ajudar a prevenir a perda de estoques corpóreos, em especial de gordura, amenizando a perda de massa magra, que está diretamente ligada à doença”, explica a especialista.

A dificuldade para ingerir alimentos piora com a progressão da Esclerose Lateral Amiotrófica. E essa mudança pode acelerar a perda de peso e alterar a composição corporal. Por isso, na dieta para esses pacientes é preciso considerar as exigências impostas pela doença, mas também as individualidades de cada pessoa.

De uma maneira geral sugere-se:

  • Focar no fracionamento, evitando períodos de jejum prolongado
  • Privilegiar uma dieta hipercalórica e rica em fibras
  • Aumentar a ingestão de proteína, mas não consumir produtos feitos para atletas, pois os aminoácidos presentes na mistura podem acelerar a evolução da doença
  • Melhorar o consumo de gorduras: há evidências de que a dislipidemia protege o organismo da evolução da doença
  • Consumir alimentos ricos em antioxidantes e carotenoides: eles melhoram a função motora e respiratória

Pode ocorrer perda de peso quando se chega ao estágio da doença onde há alterações na deglutição. Nessa fase, a necessidade de supervisão de um nutricionista é ainda mais importante. A dieta adotada deve facilitar a deglutição, otimizar a ingestão nutricional e diminuir os riscos de aspiração.

Com esse quadro instalado, não é incomum os pacientes com ELA apresentarem desnutrição. Neste caso, prescreve-se algum produto industrializado energético e proteico para complementar a alimentação — as recomendações nutricionais são individuais.

“Por isso, é importante começar o acompanhamento com um nutricionista desde o diagnóstico da doença. Assim será maior a chance de aumentar a sobrevida e de melhorar a qualidade de vida”, avalia Ludimyla.

Se você sofre de ELA, procure um nutricionista especialista em doenças crônicas para te orientar.

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