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Vídeo: Lacombe diz que Globo quer derrubar governo e que sofreu intervenção na Band

Lacombe conta que, ao sair da Band, chegou a ser convidado para assumir um cargo público federal ligado à área da cultura

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Leo Dias Lacombe
1 de 1 Leo Dias Lacombe - Foto: Reprodução

Luís Ernesto Lacombe é firme em sua posição e opinião política. Conservador, garante que não é bolsonarista, pois mantém seu senso crítico e pode não concordar com tudo o que o presidente faz. Lacombe critica o jornalismo da TV Globo e diz que a emissora aumenta e até inventa quando é para falar mal do atual governo, assim como omite ou diminui as coisas boas que Bolsonaro faz. Sobre a Band, ele abre o jogo e diz que seu programa sofreu intervenção e, por isso, pediu demissão, mas que, mesmo assim, é grato à emissora.

O jornalista também faz duras críticas à Organização Mundial da Saúde (OMS) na condução do combate à pandemia de Covid-19. Sobre a atuação de Jair Bolsonaro nessa questão diz que o presidente, com poderes tirados pelo STF, fez o que lhe cabia: liberar verba para o auxílio emergencial e para o socorro a estados e municípios.

Lacombe conta que, ao sair da Band, chegou a ser convidado para assumir um cargo público federal ligado à área da cultura. Recentemente, ele lançou seu canal no YouTube, que, em poucos dias, chegou à marca de mais de 1 milhão de inscritos. Lá ele recebe convidados, para falar principalmente de política.

Confira a entrevista completa:

Leo Dias – Olá, amigos do Metrópoles, a entrevista de hoje é com Luiz Ernesto Lacombe. Como poucos, soube se reinventar. Depois de uma passagem pela Globo, outra pela Band, em uma saída ainda misteriosa, a gente vai conversar com ele, que lançou um canal no YouTube. Muitos desacreditavam, mas, logo na estreia, eram mais de 100 mil pessoas na transmissão ao vivo. O canal já tem mais de 1 milhão de inscritos. Isso é uma bela de uma reinvenção, não é?

Luiz Ernesto Lacombe – Tudo bom, Leo. Obrigado pelo convite. Esse mundo digital, eu resisti a ele durante muito tempo. E foi meio no susto. Eu saí da Band numa semana, na semana seguinte, o canal estava mais ou menos estruturado. A gente tinha uma previsão de estreia do canal de chegar a 100 mil inscritos na semana seguinte. E, na estreia, já tínhamos 800 mil. Três dias depois, 1 milhão. Agora, nem sei quanto é que tá. Mas foi impressionante.

Isso te surpreendeu?

Sim. Porque eu sou um bicho de televisão.

Você percebe a diferença? Que seu público da televisão não é o mesmo da internet? Ou é um público que acompanhava as coisas da televisão através da internet?

O público do Aqui na Band, tenho certeza, é o público que está comigo no meu canal do YouTube.

É a dona de casa?

O que é a dona de casa hoje? A dona de casa tradicional não existe mais. Aquela que fica vendo televisão, cozinhando… essa dona de casa se politizou, está mais intelectualizada, mais ligada no mundo, no que está acontecendo. Ela se sente um pouco responsável por alguns movimentos importantes para a gente caminhar como país. Não é mais a dona de casa apática. É a tia do zap. Ela é ativa.

Na sua saída, no dia 25 de junho, houve uma intervenção?

Houve um movimento contra o Aqui na Band que juntou dois setores dentro da emissora contra a gente.

Isso te surpreendeu?

Se você for pegar tudo que eu tinha no início, sim. Porque, quando comecei a me posicionar e fui chamado pela direção, foi para dizer: ‘Concordamos com você. Siga nesse posicionamento. Gostei desse caminho. Isso está certo’. Quando falei que não comprava a Greta Thunberg [ativista ambiental sueca de 17 anos], com um discurso alarmante, frases de efeito, a direção disse: ‘É isso. Também pensamos assim’. Quando defendi a polícia, as pessoas mudaram tudo. No caso da Ágatha [menina de 8 anos morta com uma bala nas costas no Complexo do Alemão, em setembro do ano passado] as pessoas falaram: ‘Ele disse que não foi a polícia’. Não foi isso que falei. Eu disse que, se foi um policial que atirou e provocou a morte, que seja identificado e que responda por isso. O que eu não posso é acusar uma instituição por conta do erro de um ou dois policiais. Então, vamos aguardar as investigações. De novo [falando da direção da Band]: ‘Parabéns. Você defendeu a instituição polícia, nós somos a favor da polícia, da ordem’. Então, fui tendo alguns retornos de que eu poderia seguir esse caminho. Quando defendi posse e porte de armas. O Grupo Bandeirantes de Comunicação é a favor. Oficialmente a favor. Quando defendi a legítima defesa, da liberdade individual, mais do que o direito à posse e ao porte.

Para eles, você pisou na bola?

Eu não pisei na bola. Se criou uma conspiração contra mim. Sou muito grato à Bandeirantes em dois momentos da minha carreira. Eu queria fazer letras. Fui fazer jornalismo porque meu pai não me deixou fazer letras. Sempre pensei, na faculdade de jornalismo, em fazer impresso. Mas, incentivado por um professor, fui me inscrever na seleção de estágio da TV Bandeirantes do Rio e passei. Sou grato porque só fui para a televisão graças a essa oportunidade que tive, como estagiário, em 1988. E eu sou muito grato à Bandeirantes porque, se você for parar para pensar no que eu era, com 20 anos de Globo, não tive o reconhecimento que tenho hoje. Entrei na Bandeirantes para fazer o Aqui na Band, eu tinha 60 e poucos mil seguidores no Instagram, por exemplo. Eu tô chegando a 1 milhão e 200 agora. Saio aqui para caminhar, a gente foi para restaurante agora, três , quatro pessoas param para falar comigo, me dar apoio, dizer que estão comigo, que eu continue assim. 20 anos de Globo, eu não tive isso. Eu tenho hoje críticas pesadas e profundas contra o jornalismo que a Globo faz. Acho que a Globo está numa guerra contra um governo e milita e faz de tudo para derrubar um presidente. Pode até ser que você esteja lendo um TP, mas o que aconteceu antes, já denota uma guerra contra o governo. Então quando a Globo seleciona, quando eu falo dos dois momentos mais sensíveis, ainda que todos processos de jornalismo sejam sensíveis é: a escolha da história que você vai contar e como você vai contar essa história.

Praticamente omitem o que há de bom deste governo ou inventam ou aumentam o que há de ruim. O caso mais clássico é o caso do porteiro do Bolsonaro, quando não havia uma matéria e mesmo assim eles fizeram a matéria. Eventualmente eles erram a mão e erram a mão feio. Quando houve a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, o Willian Bonner chama um trecho de uma fala do Bolsonaro e diz que durante a reunião o presidente pediu para Moro que fosse blindado. Aí roda o trecho da entrevista e mostra que Bolsonaro disse ao contrário, que não quer ser blindado. E aí cinco minutos depois, o Bonner volta e faz a correção com um textinho: “Erramos e como vimos nas palavras do próprio presidente ele pediu para não ser blindado”. Neste mesmo dia, quatro horas depois, no Jornal da Globo, eles cometem o mesmo erro. Chama o mesmo texto e 15 minutos depois o repórter corrige com o mesmo texto do Willian Bonner.

O que significa isso?

O que significa isso é o que eu pergunto. É muito estranho. As palavras foram as mesmas. Como você comete um erro no Jornal Nacional e comete o mesmo erro no Jornal da Globo. É estranho, bem estranho.

Além de desandar o jornalismo da TV Globo há uma má-fé aí…

Acho que a Globo comprou esse politicamente correto com tudo. Eu acho que se o politicamente correto pretende ser um caminho para promover o bem e a igualdade. O politicamente correto acaba sendo mais espécie de censura a um pensamento e uma linguagem, então ele separa, ele divide. A Globo comprou o politicamente correto, assim como muitas empresas compram, um discurso humanitário, emocional, mas vazio, sem fundamento, para conquistar o público, mas perde grande parte do público. Esse politicamente correto é nefasto. Você tem uma emissora que briga contra o governo e aposta todas as suas fichas no progressismo, que para mim prega um mundo irreal.

Você não acha que outras emissoras como Record, SBT são emissoras a favor do governo?

Eu defendo um jornalismo isento, mas posicionado. Você pode ser isento, mas posicionado, você não pode ser militante. Eles podem ir para o outro lado. Então, se a Globo omite o que é bom e aumenta e inventa o que é ruim é possível que outras aumentem e inventem o que é bom e omitam o que é ruim, pode ser que tenha

Por quanto você voltaria para a Globo?

Por quanto?! A Globo jamais ia me pedir para voltar!

Mas você? Estou falando você…

Eu seria infeliz lá, Leo! Eu vejo pelo meus amigos, que eu achava que eram amigos, né? Que me seguem no Instagram assim.. É uma redação completamente diferente da maneira pela qual eu penso.

Você não é bolsonarista?

Bolsonarista seria o que? Seria Defender tudo o que o Bolsonaro faz? Ele queria o Fundeb e eu sou contra o Fundeb. Eu não sei qual é o dedo que tem do Bolsonaro nisso mas eu sou totalmente a favor da Lava Jato. E o Augusto Aras está numa guerra contra a Lava Jato. Se eu fosse bolsonarista…

Você se define como o que, Lacombe?

Eu sou um liberal, inicialmente, um liberal, eu quero menos Estado. Acho que a gente tem Estado demais, o Estado atrapalha muito, tira nossa liberdade, não nos dá benefícios em troca. Eu não sou como meus filhos que são libertários e acham que não tem que ter Estado algum, eu acho que isso é a barbárie, eu não sou nesse nível. Mas eu acho que um Estado mínimo, um estado que cuida.

São jovens, né? (risos)

São jovens mas eu conheço libertários bem mais velhos que eles que se mantém libertários. Mas eu sou isso, sou um cara que defende menos Estado, capital privado, torço pelas reformas estruturantes, pelo capital privado investindo no país. Eu sou um conservador, eu acho que a gente tem valores e princípios que tem continuar adiante, não podem ser esquecidos. Mas aí o conservador tem também a preocupação de melhorar o que não funciona. Ele não quer permitir que algo que não funciona tão bem, seja substituído por algo pior, certamente pior. Então eu sou isso. Eu não sou um cego. O bolsonarista, quem é partidário, quem tem político de estimação defende tudo, perde o senso crítico.

Nos últimos anos do Partido dos Trabalhadores (PT), a gente sabe que a imprensa recebeu recursos governamentais, o que fez com que ela se tornasse a favor daquele governo. E quando entrou o Bolsonaro tudo mudou, a gente viu uma imprensa que perdeu muito da sua força por causa da perda desses financiamentos. Você vê isso? Você uma imprensa esquerdista hoje no país ou não você vê uma imprensa com igualdade?

O Alexandre Garcia que fala muito bem sobre isso, bom, eu sempre convivi com jornalistas de esquerda na grande maioria, isso começa na faculdade. Eu me lembro e sempre conto isso… Eu estava me formando já acabei me formando tarde porque fiz outras faculdades antes acabei me formando tarde em 89. Era a primeira eleição presidencial direta depois do regime militar e quando declarei em quem eu ia votar numa roda de colegas da faculdade, que eu ia votar no partido liberal, como liberal.

Quem era? Afif?

Guilherme Afif Domingos Dois patinhos na lagoa, 22. Nossa você precisava ver a crise que eu gerei na faculdade, né? Foi uma pressão.

Então você acha que não tem nada a ver com o financiamento ou com dinheiro governamental?

Não eu acho que a gente vive hoje um momento mais delicado da história da imprensa brasileira. Por que ainda que você tivesse, desde que me conheço por gente, jornalistas de viés mais a esquerda eu acho que a gente teve durante muito tempo no Brasil uma imprensa mais equilibrada. Mas deu uma desandada.

E o caso que você cita do dinheiro do PT em blogs, em revistas… O mais emblemático seja o da carta capital. Você tem trechos da Carta Capital antes do dinheiro do PT em que a Carta Capital desce a lenha no Lula: “bebado”, “ignorante” e por aí vai. “Num lê, não se informa, não sabe de nada’, né?

Daí você pega a Carta Capital já com 70% da receita publicitária dela bancada por empresas estatais, bancadas pelo governo e aí o Lula vira o “santo dos santos”, o mito, o herói salvador.

Mas também viu vários blogs que eram a favor do Bolsonaro, do governo Bolsonaro antes das eleições e quando veio a posse e não vieram nem um tipo de agrado, de financiamento voltaram-se contra. Você viu também isso ou percebe isso?

Confesso que esse movimento eu não vejo. O que eu vejo é quem se volta contra o governo federal, se volta contra quase que num comportamento de um partido político derrotado nas eleições. Eu não vejo um interesse financeiro, talvez haja obviamente. A gente não vai ter os veículos tradicionais esperneando só por ideologia, obviamente. “Money talks” o dinheiro é que fala mas eu não tenho como provar isso, né?

O governo te chamou?

Eu cheguei a conversar com eles muito informalmente. Mas foi um projeto ligado à cultura.

E por que não te interessou?

Me interessou emocionalmente. Mas eu não quero me meter com serviço público, não é do meu interesse. De vez em quando, entra alguém no meu Instagram e fala “Lacombe deputado federal 2022, senador 2022”… Se eu começasse a tomar um antiácido agora, talvez eu chegasse em 2022 com o estômago preparado. Eu não tenho estômago. Eu acho que eu sou um combatente mais necessário em outra frente. Não nessa frente parlamentar. Meu negócio é jornalismo, escrever, falar, me comunicar. Não é algo que passe pela minha cabeça.

O Super Live estreou com convidados que tem uma linha parecida com a sua, o Alexandre Garcia e o Caio Coppola, ambos conservadores. Qual vai ser a linha do canal?

De vez em quando me perguntam isso: “Mas você que sempre se diz um cara que é pelo diálogo, o confronto do contraditório, o debate de ideias, você só está levando pessoas da sua linha”. Deixa eu explicar o seguinte. A gente tem uma mídia tradicional muito contaminada, muito voltada para um viés, o politicamente correto, progressismo, uma batalha contra o governo federal – e, na minha opinião, uma batalha consequentemente contra o país. Então, neste momento, eu estou tentando equilibrar um pouco o embate. Nesse momento inicial, a minha ideia é dar um pouquinho mais de voz a quem não tem, ou a quem tem menos voz. Então, eu tenho ouvido mais pessoas que pensam de forma mais parecida comigo. Mas, obviamente, a gente tem planos de trazer opostos, e talvez não só no digital, tem projeto em TV.

Se você não é dessa linha politicamente correto, você é politicamente incorreto?

Eu sou correto. O advérbio de modo não cabe. Ou é correto ou é errado. O politicamente correto divide as pessoas em grupos. Vamos pegar um exemplo bem simples. Um amigo meu perdeu o pai há pouco tempo e fez um texto que dizia resumidamente “foi meu pai quem me ensinou a não ser xenófobo, racista e homofóbico”. E eu peguei aquela frase, sem identificar a pessoa, e coloquei “meu pai me ensinou que somos todos iguais”. Então, por que eu preciso do politicamente correto, se para mim, todos nós somos iguais? Todos merecem o meu respeito, a minha educação, a minha atenção, a minha solidariedade. Não importa onde você nasceu, quanto você ganha, a sua orientação sexual, o que faz para viver, seu trabalho. Nada disso me interessa. Porque você é um ser humano e merece meu respeito e minha educação e ser tratado bem. Então, para que o politicamente correto?

Recentemente, em uma entrevista que eu fiz, estava todo mundo sem máscara. Aí para começar a entrevista, colocaram a máscara. Eu falei: mas estavam todos sem máscara até pouco tempo atrás. Ah, mas o que vão falar. Se nós fossemos politicamente corretos, nós estaríamos de máscara agora? Eu, pessoalmente, gosto da indagação, do questionamento. Ainda não me convenceram que a máscara tem que ser usada como estão usando. Eu não vejo necessidade dela, principalmente em ambiente externo. O índice de contaminação ao ar livre é quase nada.

Você teve COVID-19?

Não. Eu acho que eu sou superimune, porque eu convivi com muita gente que teve e eu não tive nada.

E você não se apavorou?

Esse que é o problema. As pessoas foram levadas a um pânico, a uma histeria, ao medo de uma maneira muito baixa.

Quem levou esse pânico?

Mídia tradicional, governantes. Em grande parte a mídia tradicional.

Por que?
Porque é pelo medo que se controlam as pessoas. Esse ano se você parar para pensar, sem o coronavírus, seria um ano o qual o Brasil cresceria de 2,2% a 2,5%. Você teria mais um ano de recuperação do emprego. Seria um ano muito bom. Então muita gente enxergou nessa pandemia a oportunidade perfeita de criticar o Governo Federal.

E o que você acham da atuação do atual presidente em relação à pandemia?

Ele não teve poder nenhum nessa pandemia!

E o fato dele ter minimizado o perigo?

Só ele minimizou?

Você não acha que os estados e municípios atuaram melhor? E as falas da OMS sobre?

A OMS é um órgão político. Às vezesmo diretor diz uma coisa e o vice-diretor diz outra.

Então é pra ignorar a OMS?

Eu sou contra o Globalismo, já te digo uma coisa. Esse negócio de que a OMS tem que governar o mundo, esse governo global, essa governança global, isso pra mim é um golpe na democracia. Não é por aí, o caminho não é esse. A OMS é péssima. A gente está recebendo causa-mortis a Covid-19 mas as vezes a pessoa tenha morrido com Covid mas não de Covid. A pessoa pode não ter morrido de Covid-19, ela pode ter tido uma pneumonia que mata. Só que você não faz autópsia, você tem que pesquisar em todos os órgãos. Digamos que chegamos a 100 mil mortos, mesmo. São 100 mil vidas, muito triste. Mas o STF tirou todo o poder do presidente. O que o Bolsonaro quis aplicar o tempo todo foi o isolamento vertical de grupos de risco, né. E o tratamento precoce. Conseguiu? Não conseguiu! Ele foi impedido. O que é que o Mandetta dizia? Só procurem um hospital, quando começarem a ter falta de ar.

Quais são as suas críticas para o presidente? Muito que são pró governo dizem que ele erra muito na forma de falar… Você acha que ele erra?

Ele é aquilo, ele é um ser autêntico e sincero. Ele é reativo, ele sempre ataca quando se sente ameaçado. Mas eu não acho que isoss eja detemrinante para o sucesso de um pais. Eu acho que ele está mal assessorado, por exemplo no que aconteceu com o Decotelli. Mas eu prefiro um presidente assim, do que um presidente desonesto. Um presidente que acha que o Estado tem que ser o pai de todos.

Existe algum local de trabalho o qual você se recusaria ir?

Eu não trabalharia na Folha de São Paulo, por exemplo. Não trabalharia no O Globo com essa linha editorial que eles têm hoje em dia. A vida numa redação com pensamento militante muito contrário ao seu, com esse progressismo pesado, com esse politicamente correto pesado é desgastante.

A palavra “militante” tem um teor negativo pra você?

Sempre tem.

Mas assim, a militância pró-governo é muito forte também, né?

Mas aí não é a imprensa militante, né? Eu não vejo imprensa militando assim. Isso é um direito que as pessoas têm. Elas têm o direito de brigas por ideias Eu nunca fui envolvido com militância política e nunca declarei voto para ninguém.

Eleição de 2022 quem virar para opor. Você tem ideia? Você arriscaria nomes?

Pelo que a gente vê o Moro está em plena campanha. Dizem que é a mulher dele que posta nas redes sociais dele, mas ele tem toda pinta que vem candidato.

Ciro?

Ciro, sempre né, desde 1910. (risos)

Luciano Huck?

Sem chance, não acho que deva ser candidato. Não tem a ver. Não acho que tenha espaço para uma pessoa como ele. Eu prefiro que ele não vá.

Não estou entendendo, você acha que ele não vai ser candidato ou que eu não vai ganhar?

Eu espero que ele não seja candidato e se for que não ganhe. Não acho que alguém como ele tem o perfil para presidir o Brasil.

Qual perfil do Luciano Huck?

Ele se joga dos dois lados. Às vezes se vende como liberal, mas embarca muito neste discurso progressista e de agenda global, que eu acho péssimo.

Ele é politicamente correto…

É isso para mim, não. Luciano Huck não.

Para acabar eu gostaria que você convidasse as pessoas para entrarem no seu canal, se inscreverem e tudo mais…

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