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A psicóloga Lorrane Silva, de 24 anos, mais conhecida como Pequena Lo, vem ganhando cada vez mais espaço na web graças ao sucesso de seus vídeos no TikTok. Somando todas as suas redes sociais, a digital influencer já acumula 1,2 milhão de seguidores. Procurada pela Coluna Leo Dias, a mais nova queridinha da Internet nos contou sobre os bastidores das gravações de seus vídeos, as dificuldades de ser uma Pessoa Com Deficiência (PCD) no Brasil e muito mais. Confira a entrevista com a mineira:
Quando começaram as gravações de vídeos para o TikTok?
Comecei no início da quarentena. Eu já fazia vídeos no meu Instagram desde 2018 e, com o Tik Tok em alta, resolvi criar um e começar a recriar os memes, dançar e até mesmo dublar. Daí meus vídeos começaram a aparecer muito no For You, destaques do Tik Tok, e meus seguidores foram crescendo cada dia mais. Confesso que não esperava que alcançaria tantos seguidores, mas cada dia que passa fico muito feliz com a repercussão que está tendo.
O ícone do humor Whindersson já compartilhou seus videos, né? Com quem você gostaria de gravar um dia?
Sim, o Whindersson e o Tirulipa começaram a me acompanhar no Instagram desde 2016, eu nem produzia tantos conteúdos como hoje em dia. Mas, com todo esse reconhecimento que meus vídeos estão tendo, nessa explosão que aconteceu na internet, Whindersson e Tatá Werneck compartilharam meus vídeos, dois ícones do humor que sempre admirei e me inspirei. Quando vi que eles me notaram, fiquei mega feliz. Se um dia eu tivesse oportunidade de gravar com alguns dos artistas do humor que admiro, seria Whindersson Nunes, Tirullipa, Tatá Werneck, Paulo Gustavo, Marcus Majella e Samantha Schmütz.
De onde vem suas inspirações?
Desde criança, sempre gostei do humor. Adorava contar piadas nos churrascos de família. Sempre pesquiso algum assunto, meme que está em alta, para fazer um vídeo relacionado. Hoje em dia, o Tik Tok é uma plataforma que oferece uma variedade de memes, temas pra vídeos. Onde você pode reproduzir o meme, porém com seu toque individual, suas caras e bocas e maneira de atuar.
Nessa pandemia, você esta atendendo virtualmente? Sobra tempo pra gravar esses tiktoks mega produzidos?
Durante a pandemia, não estou atendendo. No início da quarentena, comecei a me dedicar mais ainda aos meus vídeos, em produzir mais conteúdos para os meus seguidores do Instagram, Twitter e Tik Tok. E poder ter esse retorno que estou tendo, com meus vídeos em vários lugares, sendo reconhecido e compartilhados por vários pessoas, vários famosos, é muito gratificante, uma felicidade enorme.
Você já esta ganhando dinheiro com os videos? Dá pra faturar no TikTok mesmo?
Através dos vídeos, tenho recebido várias propostas de parcerias, de diferentes marcas.
Pensa em seguir nessa área mesmo? Você é muito carismática, Lo! Já pensou em atuar ou algo assim?
Penso sim em continuar produzindo conteúdos de humor, porque é algo que gosto muito. Após a pandemia quero fazer teatro, para quem sabe atuar em novelas ou até mesmo apresentar algum programa de TV.
Você mora sozinha?
Morei com minhas amigas por 3 anos quando eu fazia faculdade, mas atualmente minha mãe mora comigo em Uberaba (MG).
Você é formada em psicologia há quanto tempo? Já atuou na área?
Sou recém formada, me formei em janeiro de 2020, mas ainda não estou atuando na área.
Sofreu algum tipo de preconceito dentro da profissão por ser PCD?
Sofri quando comecei na internet em 2015, com meus primeiros vídeos dançando com minhas muletas. Recebia muitos comentários desnecessários e piadas, mas nunca foi algo que me atrapalhou e me impediu de continuar produzindo meus conteúdos. Quando decidi me tornar uma figura pública, já estava ciente que poderia me acontecer isso, então deixo de lado e sigo em frente.
Gostaria que você nos contasse qual é o seu diagnóstico e nos desse um breve relato de como é seu dia a dia. O Brasil é um pais que enxerga todos?
Eu nasci com meus membros curtos. A partir daí, começaram a fazer um estudo genético para descobrir o nome da síndrome que tenho, porém não conseguiram. Até médicos dos EUA participaram desse estudo, mas não entraram em uma conclusão. Então, eles nomeiam até então, como “Displasia óssea”, muitas pessoas acham que tenho nanismo, por ser baixinha, mas o nanismo foi descartado pelos médicos.
Qual é o teu sonho enquanto uma mulher que é PCD no Brasil?
É continuar levando alegria para quem me acompanha e gosta do meu trabalho, juntamente com a representatividade de todos nós PCDs.