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A Banca Digital é um projeto que une 25 perfis de entretenimento, misturando informação, memes e humor cotidiano, impactando o público de forma orgânica e criativa. Em apenas 10 meses, ele faturou mais de R$ 15 milhões. Em conversa com a coluna, Murilo Henare, CEO da Banca e criador do perfil Miga Sua Loca, revelou que a procura das marcas pela publicidade dobrou durante a pandemia.
Leo Dias – Você imaginava tamanha projeção?
Murilo Henare – Quando comecei a pensar em Banca, quando idealizei na minha cabeça antes dele ser um projeto palatável, sempre tive um feeling muito bom de que era um projeto com mega potencial de dar certo. Mas, obviamente, superou todas as minhas expectativas, e de todo mundo que foi envolvido. A gente tinha uma proposta muito nova e o primeiro grande passo era fazer as pessoas entenderem o projeto e ver como uma coisa boa e rentável. A gente acreditava que ia levar um tempo de mais ou menos um ano, mas em cinco meses ultrapassamos a expectativa que tínhamos para o ano.
Quais as dicas para quem está começando agora (ou já começou) e pretende “viver de internet”?
Há várias maneiras de viver da renda que você consegue pela internet, como influenciador ou não. Há diversas possibilidades e oportunidades. A pessoa precisa procurar entender o mercado de uma maneira eficiente e entender que é um mercado que vem mudando muito todos os dias. A partir do momento que você tem uma empresa online ou presta um serviço online, você tem que estar muito atendo às mudanças, pois é muito rápido, 500x mais rápido que o mundo corporativo físico.
Qual o segredo de fazer a inserção de conteúdo pago dentro das suas postagens sem parecer forçado?
Essas revistas são pautadas para gerar e criar conversas diárias, eles têm esse feeling e uma maneira muito orgânica para fazer isso mesmo em uma ação publicitária, porque já faz parte do tipo de conteúdo que eles criam. É unir o útil ao agradável. Eu costumo falar que é o match perfeito porque tudo hoje é notícia, é case de conversa, e esses perfis que fazem parte ativamente disso conseguem fazer de uma maneira muito orgânica e muito rápida dentro do mundo digital, sem parecer uma publicidade forçada, pois é o que eles estão acostumados a fazer com outros conteúdos.
Você consegue mensurar quanto aumentou a proposta de publicidade durante a pandemia?
Dobrou o número de jobs durante a pandemia. Quando tudo começou, a gente ficou muito assustado, foi um momento incerto para todo mundo, as pessoas estavam tentando entender o que iria acontecer dali para frente. De repente, tudo passou a ser digital e as pessoas estavam mais conectadas do que nunca. Sem dúvida, a Banca exerceu um papel fundamental, criando entretenimento e gerando conteúdo fora dessa pauta de coronavírus, que foi e é tão forte nos outros meios de comunicação. Recebemos muitas mensagens de pessoas falando “o Instagram e o Twitter, as redes sociais, viraram meu refúgio para ter um momento de descontração, para rir de um meme, de uma notícia, de uma fofoca”. Além desse papel super importante de entreter essa massa, a gente teve uma procura cada vez maior de marcas e parceiros de trabalho e foi uma época bem quente para o meio digital.
Os memes vieram para provar que, de fato, todos vivemos os mesmos dilemas?
Os memes sem dúvida vieram para unir as pessoas. A maioria é pautado em conversas virais entre duas pessoas ou entre um grupo de amigos e isso atrai e faz com que as pessoas se marquem e interajam e compartilhem os memes entre si. Isso com certeza une as pessoas. Como é uma arte que se renova todos os dias, é uma maneira muito inovadora de entreter as pessoas: a gente vive os mesmos dilemas em proporções diferentes, momentos diferentes, mas os seres humanos são tão parecidos no que acreditam e no que são.