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A live de Luan Santana, O Pantanal Chama, transmitida no dia 22 de novembro, arrecadou mais de R$ 750 mil em doações para defesa do bioma. Além disso, o movimento, co-criado pelo Instituto SOS Pantanal, UniãoBR e por Santana, doou mais de 52 toneladas de alimentos às famílias locais e 2,3 milhões de máscaras e álcool em gel. À coluna, Gustavo Figueirôa, biólogo do SOS Pantanal — Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai falou sobre o que está sendo feito.
“Foi o pior incêndio da história do Pantanal, com 4,3 milhões de hectares queimados, equivalentes a 30% do bioma. O valor que foi arrecadado do movimento O Pantanal Chama e das doações anteriores está sendo gasto com apoio emergencial a fauna, ou seja, apoiando instituições que estão resgatando os animais, levando água e comida. Apoio às comunidades com doações de cestas básicas, álcool em gel, máscaras para comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas que estão precisando de auxílio devido à pandemia, às queimadas e à seca”, afirmou.
Além disso, o especialista relatou as dificuldades enfrentadas pela região em 2020. “O Pantanal, neste ano, enfrentou a pior seca dos últimos 47 anos. Muitas áreas que eram para estar cheias d’água não encheram, ou seja, o Pantanal não teve cheia em 2020. Esses locais, que deveriam estar cheios de água, estavam secos e planta seca, na natureza, funciona como combustível para o fogo. Isso ainda somado à ação humana, já que 98% dos incêndios são causados por ação humana, sejam intencionais ou não. Esses dois fatores deram origem a esses incêndios sem precedentes”, explicou o especialista.
Junto das doações em caráter emergencial, o movimento também prevê a estruturação de brigadas rurais voluntárias fixas pelo bioma, treinadas, equipadas e integradas aos bombeiros. “Uma outra frente é a reestruturação do Pantanal. Estamos articulando o plantio de 152 mil mudas nativas em áreas que foram queimadas. E, por último, a estruturação de brigadas fixas pelo Pantanal que serão espalhadas por todo o bioma conectas aos bombeiros para que eles possam dar uma resposta mais rápida quando os incêndios começarem no ano que vem”, afirmou Gustavo.