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Durante coletiva de imprensa realizada esta semana, Ludmilla falou sobre a sua tão aguardada faixa Rainha da Favela, com as participações especiais de Valesca Popozuda, Mc Carol de Niterói, Tati Quebra Barraco e Mc Katia.
Segundo a cantora, a ideia desta união é homenagear todas as mulheres que abriram os caminhos para que inúmeros talentos do funk pudessem surgir depois delas. “As quatro são minhas amigas e são muito próximas, mas a minha homenagem vai para todas. Existem várias rainhas. Eu já passei por muita coisa na vida e ficaria muito honrada de ser homenageada em vida, sabe? Elas e muitas outras mulheres do funk são rainhas para os seus fãs, filhos e família”, disse a funkeira.
Veja imagens do novo clipe de Ludmilla
O clipe foi gravado na Rocinha, a maior comunidade do Brasil, e a gravação ocorreu com pontos eletrônicos, para que ninguém pudesse ouvir a música, evitando riscos de vazamentos. “Gravar sem que todos ouvissem a música foi um mega desafio porque com o som a gente sente aquela energia, né? Foi babado ter que gravar desse jeito”, pontuou Lud.
Ainda sobre o clipe, a esposa de Brunna Gonçalves revelou qual foi o seu momento favorito no set. “Nos últimos dias, recebi tanto amor das crianças da Rocinha que me emocionei e prometi para mim mesma que pensaria em alguma ação social para ajudá-los. O amor foi tão grande que uma das cenas programadas teve de ser cancelada porque o risco de contaminação seria alto, devido à aglomeração. As crianças corriam e pediam beijos e abraços”, contou.
A cantora revelou ainda que, em Rainha da Favela, canta alguns trechos em inglês — falas bastante picantes. “É bem explícita. Acho que as crianças não vão entender, ainda bem. (risos). Mas, na verdade, eu não sei, né? Essas crianças de hoje em dia são muito inteligentes”, brincou, durante o bate papo.
Inspiração
Com medo de sofrer algum tipo de represália devido a comparações religiosas, a carioca conta que usar a Última Ceia como referência é uma forma de unir os maiores nomes do ritmo. “A Última Ceia é para mostrar a cúpula do funk, para representar o churrascão da laje. Esta referência não tem o intuito de criticar ou cutucar. Eu queria que todas fossem vistas e nada melhor do que numa reunião, com todas sentadas compartilhando whisky, charuto e champagne”, disse.
Quando questionada se tinha o intuito de ser reverenciada como uma rainha do funk para as gerações futuras, a compositora de Onda Diferente afirma que escreve suas canções sem almejar ser reconhecida mas que, é claro, amaria ser homenageada daqui algum tempo. “Eu acho que nos falta humildade, sabe? Elogiar o próximo e falar: ‘Poxa, amo as suas músicas, você me inspira muito’. Isso faz toda diferença e nos dá ainda mais ânimo para fazer o que nós fazemos. Homenageei as rainhas da favela porque era uma vontade minha, sem nenhuma pretensão de ser reconhecida”, revelou.
“Acho que já dei uma boa ajuda nessa estrada também. Levei o funk para as pessoas mais elitistas, aquelas que julgavam o ritmo como música de marginal e estou na luta para levar o funk para o mundo”, completou.
Ludmilla finalizou a entrevista expondo que, durante a quarentena, teve mais tempo para si mesma e que conseguiu tirar alguns projetos da gaveta. “Me tornei a minha própria empresária, tirei várias ideias do papel para fora e estou pronta para trabalhar muito depois que isso tudo passar. E já posso adiantar que vai ter DVD do Numanice, no dia 18 de novembro começo a gravar. Ah, e vai ter muitos feats novos e roupas vindo por aí. O ano de 2021 vai ter muita coisa nova”, finalizou.