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Os espectadores pediram fogo no parquinho, mas não imaginavam que um incêndio chegaria já no começo do Big Brother Brasil. As acusações de que Karol Conká praticou violência psicológica contra Lucas Penteado tornaram entretenimento em uma sucessão de gatilhos psicológicos.
As reclamações foram tantas que uma petição surgiu na internet pedindo que a cantora seja retirada do BBB21. O documento está assinado, até o momento, por quase 400 mil pessoas. Ficando ou saindo do programa, Karol terá de lidar com as consequências do que fez. E a Globo também.
Rafael Gonçalves, advogado especialista nas áreas de Direito de Família, Violência Doméstica, Direito Empresarial e Psicologia Jurídica entende que, na forma como Conká tratou Lucas, o entretenimento acabou e iniciou-se uma série de torturas psicológicas.
“Como não há um respaldo técnico sobre a cultura do cancelamento, a emissora é responsável pelos acontecimentos posteriores na vida do ator porque, se efetivamente ele for acometido de problemas psiquiátricos e psicológicos, podemos considerar que houve tortura psicológica, crime de injúria e ação de tortura moral”, garante.
“Então, se a emissora teve a possibilidade de impedir o ato ou ao menos minimiza-lo e não o fez, também responde nas esferas cível e criminal, na mesma proporção de quem praticou a tortura psicológica, se resultar em danos”, finaliza. A coluna entrou em contato com a assessoria de imprensa da emissora, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O espaço está aberto.
Ele também explicou que o caso pode ser levado ao Ministério Público. “O Ministério Público pode agir no Big Brother como defensor da sociedade e do Estado. A função do MP na Constituição Federal, além de fiscal, é de representante do povo, podendo ser acionado ou agir por conta própria se considerar que algum direito ou interesse da própria sociedade esteja em risco. No caso do BBB21, por ser um programa que efetivamente movimenta muitas pessoas e passa em TV aberta, pode influenciar pessoas”, explica.