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Após as denúncias de Duda Reis, que acusa o ex-namorado Nego do Borel de ameaças e violência, o cantor foi alvo de dois mandados de busca a apreensão na última quinta (28/1). A Coluna Leo Dias conversou com a diretora do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM), delegada Sandra Ornellas, que explicou que até o momento não serão feitas novas diligências e, ainda, que Reis deve prestar novo depoimento, agora, na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá.
“Há um registro feito na Deam de Jacarepaguá em que Duda Reis é a vítima e o autor seria o Nego do Borel. Esse registro foi feito a partir de um vídeo publicado nas redes sociais da atriz. O mandado que fomos cumprir na casa do cantor foi fruto de uma designação judicial vinda de São Paulo, do registro que a própria Duda fez. Então, em princípio, não há novas diligências”, afirmou.
As buscas foram relacionadas ao boletim de ocorrência que a ex-noiva do cantor registrou na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em São Paulo. “Na oportunidade, cumprindo o que estava determinado no mandado da juíza de São Paulo, nós fomos em busca de dispositivos que pudessem armazenar imagens e, de fato, foi apreendida a memória de dois computadores, um iPad, dois celulares e um jogo de videogame que também pode armazenar imagens. E, além disso, uma nova quantidade de dinheiro que estava em um cofre”, disse.
Ainda segundo a delegada a apuração dos fatos que ocorreram no Rio de Janeiro está em andamento: “No registro feito em São Paulo não sabemos os próximos passos porque quem está acompanhando é a delegada de lá. Quem irá determinar é o juízo de São Paulo.”
“Com relação às acusações, o conhecimento que nós temos foi através do post da atriz e pelo que se leu em jornais quando realizou o registro feito em São Paulo em que ela alega injúrias, xingamentos diversos, ameaças e lesões corporais. As delegacias do Rio e de São Paulo estão em contato para que Duda Reis preste depoimento e seja encaminhado o procedimento aqui porque os fatos que aconteceram aqui precisam ser julgados pelo juízo daqui onde os fatos aconteceram”, acrescentou.
A delegada ressaltou ainda a importância das denúncias em casos de violência para que a polícia possa agir. “Sempre que qualquer mulher esteja vivendo uma situação de violência, o que orientamos é que peçam ajuda. A gente tem verificado muitas gravações e depoimentos colocados nas redes sociais. Nem sempre esses depoimentos nos permitem uma intervenção. Nem sempre ir para internet resolve, precisamos que essa mulher peça ajuda, seja em um centro especializado em atendimento à mulher, seja na delegacia da mulher. Uma vez prestado o depoimento, ele é encaminhado para a Justiça e solicitada uma medida protetiva de urgência para resguardar essa mulher ao longo do processo e até mesmo depois”, explicou Sandra Ornellas.
“Para resguardar qualquer vítima de violência, há a necessidade de uma medida protetiva de urgência, que é inovadora na legislação e traz a possibilidade de fixar obrigações para esse autor. E a medida vai para além da vítima, por exemplo para filhos e família. Em uma situação com periculosidade maior, o juiz determina o acompanhamento do cumprimento dessa medida pela Patrulha Maria da Penha. Isso já salvou muitas vidas. Em 2020, nenhuma vítima que teve esse acompanhamento veio a óbito”, finaliza.