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Muito gente associa o sucesso de Marilia Mendonça ao fato de cantar e falar exatamente a linguagem da mulher contemporânea como nenhuma outra. A cantora é o grande ícone feminista popular desta década.
Ela apresentou uma (VERDADEIRA) aceitação consigo mesma — que, para muitos, é fora, talvez, dos padrões antes estabelecidos. E mais: ela não tem vergonha de ser popular e ir aonde o povo está. Por mais longínquo que seja, ela está lá.
Porém, em uma analise mais detalhada, há muito mais para explicar porque Mendonça é a número 1 do Brasil feminino. Marilia conduz a carreira e, principalmente, a imagem dela, com rédeas curtas. A sertaneja oferece entretenimento sobre a vida pessoal só nas próprias redes sociais. Lá, ela tem total controle. Filho, dieta, o ex….tudo!
Dar entrevista sobre como emagreceu? Falar de Murilo Huff? Jamais! Lá vai ela ser julgada, dizerem que não está feliz com o corpo… Enfim, criar inúmeras expectativas nos fãs. E, você sabe: eles fiscalizam a vida dos ídolos mais do que a vida própria.
Media training
Imagine a quantidade de reportagens sobre a dieta de Marília? O que aconteceria? Uma enxurrada de outras matérias sobre o mesmo assunto. E é isso que ela jamais quer. Que sua vida pessoal tenha mais exposição que sua obra. Genial.
Ela não expõe seus relacionamentos. Os fins são tão apáticos quanto os inícios. Ela dá um tom de “nada demais”, que acaba com o interesse da imprensa. Não há barracos, discussão via web, supostas pivôs…. Nada disso.
Quer dizer, se tem, ninguém sabe. Outra estratégia foi parar de cantar composições próprias. Ela não quer que pensem que a história refere-se à vida dela. Por mais que possa ser. Com tudo isso, Mendonça se mantem inabalável. Disputada por todas as marcas que querem falar com a brasileira real.
Marília, quando você cansar de cantar, sugiro dar um media training para classe artística. Se bem que eu iria perder bastante conteúdo… rs rs rs