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Um dos casos mais intrincados do universo policial brasileiro, o assassinato do pastor Anderson vai se tornar documentário pelas mãos do roteirista e diretor de obras audiovisuais Henrique Freitas. Mas o foco, claro, não será ele, mas aquela que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta como mandante do crime: a deputada federal Flordelis (PSD-RJ).
Valei-me Deus – O Caso Flordelis vai usar o crime como ponto de partida, mas irá além. A trama vai resgatar histórias de Flordelis desde sua infância pobre, na Favela do Jacarezinho, até seu indiciamento pela Justiça, acusada de planejar o crime, com apoio de pelo menos seis filhos e uma neta. “Mostrar que nem tudo que reluz é ouro: esse é meu objetivo. O caso é emblemático por isso. Dá a dimensão que, muitas vezes, mídia e sociedade compram histórias que são falsas do início ao fim”, afirma Henrique.
Ele, que é ex-diretor de redação dos jornais O Dia e Meia Hora, juntou uma equipe que esteve por dentro do caso desde o início: Humberto Nascimento, editor-chefe do SBT Rio; Marco Antonio Rocha, ex-editor-chefe do Dia e do Meia Hora; Maria Inez Magalhães, ex-chefe de reportagem do Dia; e Gustavo Carvalho, produtor do SBT Rio e ex-editor-chefe de O São Gonçalo. “Temos uma série de fontes na polícia e, agora, vamos começar as entrevistas ao vivo”, explicou.
Dominação e poder marcam essa trama macabra, envolvendo ainda pretensões políticas, intenções de notoriedade por meio da fé messiânica e até rituais de purificação com sexo grupal. Apesar do MP ter apontado só agora Flordelis como suspeita, a equipe trabalha apurando informação desde julho do ano passado, quando houve o crime. O filme é uma coprodução da Chamon Produções Artísticas, que já realizou mais de 20 obras para a TV e o cinema, e da 502 Digital, de Henrique Freitas.