Toffoli não acerta uma. Nem Marco Aurélio concorda com ele
Tem cabimento o presidente da suprema corte de justiça do país dizer que a punição de crimes tem um lado ruim?
atualizado
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O presidente do STF, Antônio Dias Toffoli, anda num momento ruim de sua pouco memorável carreira como gigante jurídico, se é que teve algum momento bom desde que ganhou de presente do ex-presidente Lula a sua cadeira na corte.
Ainda outro dia, após falar e falar e falar num discurso ao mesmo tempo interminável e incompreensível, soube da avaliação que um de seus colegas, o ministro Luís Roberto Barroso, fizera do seu voto.
“Teremos de chamar um professor de javanês“, sugeriu Barroso. Quem sabe, assim, alguém conseguisse entender o que ele havia acabado de falar?
Dias atrás, Toffolli achou uma boa ideia dizer numa entrevista que a Operação Lava Jato, infelizmente, tinha sido a responsável pela falência, ou o equivalente a isso, de empresas apanhadas em flagrante de corrupção.
Novo desastre. Como assim? Tem cabimento o presidente da suprema corte de justiça do país dizer que a punição de crimes, e ainda por cima crimes confessos, tem um lado ruim? Desta vez, nem o ministro Marco Aurélio Mello – nem ele – aguentou.
A Lava Jato não destruiu as empresas, rebateu Marco Aurélio. Ao contrário, gerou confiança na Justiça e ajuda na civilização do Brasil. Dizer o que, depois disso?
Que fase.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.