A imprensa repete tudo que artistas dizem. Eis o lobby perfeito
O Brasil, nessas visões apresentadas pelas celebridades, é uma “ditadura civil, sustentada pelos militares”
atualizado
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Os artistas estrangeiros que têm falado ultimamente sobre o Brasil repetem, como até uma criança de 10 anos de idade é capaz de perceber, exatamente o que as agências de relações públicas os instruem a dizer.
Que agências? As que são contratadas pelos interessados em falar mal do Brasil, por alguma razão que seja – para promover um filme, por exemplo, ou ajudar alguma indústria interessada em vender uma imagem ruim do país, ou para favorecer uma ONG qualquer, e por aí afora.
Até aí se entende: pegar uma celebridade de classe mundial e botar a figura a dizer horrores sobre algum país ou atividade faz parte do jogo. Chama-se lobby.
O problema do momento parece ser a má qualidade do trabalho feito pelas agências e entregue aos artistas para que saiam falando por aí. O público tem ouvido, a esse propósito, as coisas mais extraordinárias, montadas com zero por cento de trabalho de pesquisa, zero por cento de fatos e zero por cento de qualquer atenção às realidades.
O Brasil, nessas visões apresentadas pelas celebridades, é uma “ditadura civil, sustentada pelos militares”. A empreiteira Andrade Gutierrez é uma “pequena construtora”. O governo está lotando as prisões com homossexuais e negros, presos unicamente pelo fato de serem homossexuais e negros. Os opositores são exilados e perseguidos.
A imprensa mundial repete tudo o que ouve dessa gente. E assim segue a vida.
* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.