Vacina não pode ser transformada em “corrida maluca”, dispara Caiado
Governador de Goiás esteve com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para falar sobre o Plano Nacional de Imunização contra Covid-19
atualizado
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta terça-feira (8/12) que a imunização dos brasileiros contra a Covid-19 é uma questão de saúde pública e não pode ser transformada numa “corrida maluca, em que cada um pode agir por si”. A declaração ocorreu pouco antes da reunião de chefes de executivos estaduais com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar do assunto.
Para o democrata, a vacinação tem “regramento claro” e deve se submeter às orientações do Ministério da Saúde, órgão que, segundo ele, tem prerrogativa para coordenar a ação nacional. Sobre a preferência por alguma fórmula em fase final de ensaios clínicos, Caiado afirmou que deve optar pela “que estiver no mercado, pronta, e deve ser distribuída corretamente em todos os Estados, de acordo com os grupos de risco”.
“Nós não podemos ter estadualização de vacina, ela faz parte de uma política nacional e não abrimos mão”, afirmou o governador. “Por exemplo, Goiás tem 1,8 milhão incluídos as áreas de saúde, segurança pública e o grupo de risco. Esses são os que precisam imediatamente”, explicou. Ele citou que são 7,2 milhões de goianos à espera da imunização.
“Todos os estados devem receber proporcionalmente de acordo com esses grupos. Não pode ser um ou outro, uma cidade ou outra a ter o benefício da vacinação”, defendeu. “Não cabe a nenhuma autoridade ficar oferecendo vacina a ninguém. Isso é prerrogativa do governo federal”, reforçou.
Resposta
Sem citar nomes, a declaração é uma clara resposta à oferta do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que revelou a intenção de disponibilizar 4 milhões de doses da Coronavac aos estados e municípios que solicitarem o imunizante. Segundo o tucano, oito estados entraram em contato com o Instituto Butantan.
“Concentre toda vacina no Ministério da Saúde e distribua de acordo com o grupo de risco, saúde e segurança pública. Essa é a ordem que tem que ser dada, e eu falo como médico”, sintetizou Caiado.