Sindhobar pede ao GDF horário flexível para bares e restaurantes nas festas de fim de ano
Sindicato que representa esses estabelecimentos teme prejuízos com a determinação de encerrar atividades até as 23h
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio da Silva, defendeu, nesta quarta-feira (2/12), que o Governo do Distrito Federal (GDF) determine a interdição permanente de bares e restaurantes reincidentes no descumprimento de medidas protetivas contra o aumento de casos de Covid-19 na capital do país.
Ao setor, foi atribuída a responsabilidade pela edição de recente decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) para o fechamento das casas até as 23h como forma de conter a possível segunda onda da doença. Porém, segundo Jael Silva, a decisão prejudica a maior parte do segmento, justamente quem está cumprindo as regras determinadas para o setor.
“É um absurdo todos sermos prejudicados por causa de posturas inadequadas de um grupo quase insignificante de bares e restaurantes. O governador não nos ouviu antes desse decreto, mas se ouvisse, saberia que somos favoráveis a fechar todos esses locais que são reincidentes e não cumprem o que foi acordado com o governo”, afirmou.
Na tarde desta quarta, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Brasília (Abrasel-DF), o Sindhobar-DF elaborou um documento que será encaminhado ao Palácio do Buriti pedindo a flexibilização da norma, principalmente nas noites de Natal e Réveillon, quando o faturamento dessas casas é maior. O ofício deve ser entregue nesta quinta-feira (3/12).
“Os restaurantes vão ser as melhores opções para as famílias passarem as festividades de fim de ano, já que não haverá festas com grandes aglomerações na cidade. Os restaurantes e bares são os lugares mais seguros e adequados para as ceias de Natal e Réveillon, já que estão seguindo todos os protocolos de segurança”, defendeu Beto Pinheiro, presidente da entidade.
Ceias
Segundo ele, muitos empresários já estavam com a programação fechada para as ceias de fim de ano, inclusive com reservas de clientes efetuadas. Para ele, a restrição do horário de fechamento “vai atrapalhar muito o setor neste momento”.
Pacheco também é favorável à fiscalização dos estabelecimentos que descumprem as medidas de proteção. “Não é correto penalizar cerca de 10 mil CNPJs só porque alguns não cumprem as regras”, reforçou.
Apenas no mês passado, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) multou e interditou pelo menos 21 estabelecimentos do Distrito Federal. Nas operações, acompanhadas pela Secretaria de Saúde, foram testemunhadas aglomerações, não uso de máscaras e até mesmo compartilhamento de copos, especialmente em bares noturnos.