Setor de beleza se une para pedir reabertura de salões ao GDF
Representantes alegam forte impacto no segmento e prometem medidas de segurança, como pré-agendamento, para controle de clientes
atualizado
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Um movimento criado por proprietários de salões, barbearias, spas, clínicas de estética e de profissionais do segmento tem se reunido com representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) a fim de sensibilizar o Palácio do Buriti a flexibilizar o decreto com medidas restritivas e permitir a reabertura dos estabelecimentos ligados à beleza. A área foi uma das mais impactadas com o fechamento do comércio como forma de reduzir a contaminação pela Covid-19 no DF.
Os representantes da categoria criaram e apresentaram ao GDF um “pacto” com medidas de segurança para evitar a proliferação do novo coronavírus caso a liberação de funcionamento seja autorizada. O encontro ocorreu na tarde de terça-feira (08/04). Ao Metrópoles, integrantes do Palácio do Buriti confirmaram estar avaliando a possibilidade.
Desde que iniciou a pandemia, o Buriti permitiu a abertura de lojas de cosméticos, contanto que tivessem um estoque mínimo de equipamentos de proteção individual, como álcool em gel, luvas e máscaras para o rosto. Contudo, agora o segmento criou um manual básico de biossegurança como medida condicionante para a volta do funcionamento dos estabelecimentos ligados à aparência pessoal.
“A volta inteligente do comércio da beleza, pacto da saúde e da beleza, depende agora de nós. Enquanto os representantes do GDF fazem a análise, e serão muito rápidos nisso em função da apreciação que desenvolveram diante do projeto, vamos nos preparar para ter os insumos e Equipamentos de Proteção Individual pelos profissionais (EPIs) que estão descritos nos documentos”, informa um comunicado expedido pelo movimento que une pelo menos quatro entidades representativas do setor.
“Tivemos a clareza de que se fizermos a nossa parte do combinado, vamos ter o voto de confiança do governo. Nosso preparo e comprometimento renderam elogios de todos, e, gerou a confiança que precisamos”, reforça o documento.
Medidas de segurança
Entre as medidas propostas, o segmento sugere atendimento exclusivo mediante agendamento prévio com o objetivo de controlar o número de pessoas ao mesmo tempo, afastamento de clientes e profissionais com sintomas gripais, proibição de acompanhantes a clientes, limpeza e higienização dos estabelecimentos e dos profissionais, oferecimento de álcool gel 70% a clientes e ainda o uso obrigatório de EPIs.
Ao Metrópoles, o secretário-executivo de Relações Institucionais, Valteni Souza, confirmou estar se reunindo com o segmento e elogiou a iniciativa dos profissionais, embora reforce que não há decisão tomada pelo GDF sobre a reivindicação. “O governo está sensível com a causa e ficou bastante satisfeito com o manual apresentado. Contudo, ainda avalia os cenários internamente para saber se permitirá a flexibilização”, disse.
Presidente do Sindicato dos Salões, Institutos e Centros de Beleza, Estética e profissionais autônomos do DF (SimBeleza), Célio Ferreira de Paiva elogiou a iniciativa do movimento e disse apoiar a reivindicação. “Nós temos 90% ou mais de profissionais da área de beleza que são parceiros, não têm carteiras assinadas e recebem semanalmente. Esses profissionais estão sem receita alguma e são cerca de 30 mil”, relatou.