Pesquisa do DataSenado: a cada três pedidos de coronavoucher, um é recusado
Levantamento aponta que pelo menos 24,3 milhões de brasileiros que requisitaram o benefício ainda não receberam a parcela de R$ 600
atualizado
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Um a cada três brasileiros que requisitaram o auxílio emergencial ainda não recebeu a primeira parcela do benefício aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o que revela a pesquisa do Instituto de Pesquisa DataSenado, do Senado Federal.
De acordo com o instituto, ao considerar a margem de erro, calcula-se que entre 24,3 e 29,6 milhões de brasileiros ficaram de fora do pagamento da primeira parcela de R$ 600 prometidas pelo governo federal. Ainda segundo o levantamento, até agora, o auxílio chegou para 65% dos brasileiros inscritos no programa do governo.
O valor assistencial foi uma das medidas aprovadas pelo Congresso Nacional para enfrentar os impactos econômicos do coronavírus, e deve ser pago por três meses a trabalhadores informais, autônomos e desempregados.
Auxílio para micro-empresários
A maioria dos entrevistados pelo instituto também defende a criação de um “seguro desemprego” para microempresários. De acordo com a aferição, 82% consideram a medida muito importante para combater impactos da pandemia.
A suspensão de pagamento de empréstimos, como parcelas a serem quitadas por alunos no Fis, foi considerada muito importante para 71% dos participantes. A proposta que obteve menos apoio foi a que proíbe a inclusão de devedores em cadastros de proteção ao crédito durante a pandemia – ainda assim, o projeto obteve o apoio majoritário de 55%.
A pesquisa DataSenado foi realizada entre os dias 18 e 20 de maio, com 1,2 mil brasileiros maiores de 16 anos de idade, por telefone, em todas as unidades da Federação (UF). A amostra nacional é probabilística e representa a opinião da população brasileira como um todo, com margem de erro média de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança médio de 95%.
Como a amostra é probabilística com alocação proporcional ao tamanho da população de cada UF, é possível estimar uma margem de erro para cada um dos resultados divulgados, de 3,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.