Pandemia leva casa de festas a vender flores e ajudar produtores locais
Ideia do novo delivery partiu da Villa Giardini, que pretende dar fôlego aos floristas com propostas que incluam plantas nativas do cerrado
atualizado
Compartilhar notícia
Se há empresários da área de eventos que tentam se reinventar durante a pandemia, há também outros que decidiram ajudar quem está assistindo os negócios serem enterrados pelo efeito cruel do novo coronavírus. Conhecida pelos imponentes eventos que recebe, a Villa Giardini, localizada no Setor de Mansões do Lago Norte, passou a oferecer o serviço de delivery de flores e de arranjos como forma de dar um fôlego a mais aos produtores locais.
Com a proibição de eventos sociais, dentre várias atividades, o mercado das flores foi um dos diretamente impactados pela quarentena. Com isso, os pequenos produtores permaneceram plantando, mas têm descartado, semanalmente, uma enorme quantidade de flores, o que aumentou a preocupação com a saúde dos negócios, muitas vezes familiares.
“A solução que encontramos foi continuar consumindo flores semanalmente como sempre, produzindo buquês e arranjos florais e disponibilizando para as pessoas comprarem, e assim contribuindo mesmo que em pequena escala, com a cadeia produtiva de flores e plantas no cenário nacional, além de alegrar e colorir as casas das pessoas”, explica Cauê Giardini, arquiteto e filho dos proprietários do local.
Produtores locais
A floricultura online foi batizada de Atelier Giardini, espécie de reinvenção da Villa Giardini em meio a pandemia, para disponibilizar a conhecida produção floral dos eventos para o público local e com entrega em domicílio.
“Sem eventos para realizar durante a quarentena, não há compra de flores no volume habitual, gerando uma instabilidade muito grande nesse setor e que afeta muito além da vida dos pequenos produtores de plantas e flores, mas põe em xeque também a realização destes eventos no futuro. Sem o giro no mercado, os produtores começam a parar de semear nas lavouras, e sem semeadura agora, não haverá colheita daqui a três ou quando meses, quando é estimado que o segmento retorne às atividades”, explicou.
Para direcionar o apoio aos produtores locais, os arranjos destacam em suas composições algumas espécies exóticas nativas do cerrado, tudo produzido e manipulado com os cuidados exigidos e dentro das orientações de autoridades sanitárias, seguindo todos os protocolos de sanitização e controle para evitar a propagação do Sars-Cov-2.
“Apostamos nas flores para levar alegria e carinho a quem amamos. Durante um período de tantas incertezas e medo, em que muitas famílias e amigos estão separadas e impedidas de se encontrar, as flores podem trazer uma centelha de esperança e um gesto de carinho”, finaliza o arquiteto.