MPDFT pede que polícia investigue agressões em atos pró-Bolsonaro
Ministério Público pede que sejam investigados “todos os ilícitos eventualmente praticados” por apoiadores do presidente
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou nesta terça-feira (05/05) que a Polícia Civil (PCDF) investigue “todos os ilícitos eventualmente praticados” durante as manifestações ocorridas desde a última sexta-feira (01/05) em Brasília.
Em dois momentos diferentes, pessoas foram agredidas por defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido): o primeiro ocorreu na sexta-feira, quando profissionais da saúde realizavam um ato pacífico no centro da capital do país.
No domingo (03/05), profissionais da imprensa foram agredidos com chutes e pontapés durante evento convocado por aliados do titular do Palácio Planalto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, o que afronta a Constituição Federal.
De acordo com o MPDFT, o resultado das investigações deve ser remetido em 30 dias ao Ministério Público para as providências cabíveis. O documento foi assinado pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap).
No segundo episódio, o fotógrafo Dida Sampaio foi agredido enquanto registrava imagens em frente à rampa do Palácio do Planalto, em área restrita à imprensa. O motorista do jornal, Marcos Pereira, integrante da equipe de reportagem, também foi agredido fisicamente.
Enfermeiros agredidos
Outros repórteres do jornal e de outros veículos de imprensa ainda relataram ameaças e agressões verbais. O fato foi amplamente noticiado pela imprensa.
Na sexta-feira, profissionais de enfermagem também foram ofendidos enquanto promoviam manifestação pacífica na Praça dos Três Poderes, em homenagem aos colegas de profissão que morreram por Covid-19.
A ação do Ministério Público ocorre após o procurador-geral da República, Augusto Aras, ter enviado ofício à Procuradoria de Justiça do DF determinando a apuração dos fatos.