metropoles.com

Justiça do DF indefere pedido de Sara Winter para reativar conta do Picpay

Plataforma financeira suspendeu carteira digital da extremista após ela divulgar dados sigilosos de criança de 10 anos estuprada por tio

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Sara Winter apos prisao STF
1 de 1 Sara Winter apos prisao STF - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) rejeitou o pedido de tutela antecipada da extremista Sara Fernanda Giromini — autointitulada Sara Winter — de voltar a ter acesso à sua conta no Picpay. A empresa suspendeu o acesso da militante bolsonarista à própria carteira digital, após ela ter sido acusada de expor os dados da menina de 10 anos grávida ao ser estuprada pelo tio.

De acordo decisão da juíza Gláucia Barbosa Rizzo da Silva, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania dos Juizados Especiais Cíveis de Brasília, para que o pedido de tutela de urgência seja atendido, é necessário que a parte requerente apresente elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano à parte requerente. A determinação é de 17 de setembro.

“A partir dos documentos juntados aos autos, não foi possível verificar a verossimilhança das alegações da autora. Não se sabe ao certo se o cancelamento da conta consubstancia-se de legalidade ou não. Assim, temerosa a liberação da conta sem que se saiba ao certo o motivo do cancelamento, que pode ter ocorrido por questões de segurança, por exemplo. Com efeito, importante registrar que em sede de juizados especiais cíveis as tutelas de urgência ficam restritas a situações excepcionalíssimas, o que não se observa no presente caso”, registrou a magistrada.

3 imagens
Ela teve a conta do Picpay suspensa após divulgar criminosamente dados de uma criança de 10 anos estuprada
A extremista é uma das líderes dos 300 do Brasil, movimento radical de apoio ao presidente Jair Bolsonaro
1 de 3

Sara Winter foi presa em 15 de junho de 2020, no âmbito da Operação Lumus, que investiga atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi liberada no dia 24

FACEBOOK/REPRODUÇÃO
2 de 3

Ela teve a conta do Picpay suspensa após divulgar criminosamente dados de uma criança de 10 anos estuprada

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 3

A extremista é uma das líderes dos 300 do Brasil, movimento radical de apoio ao presidente Jair Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
Entenda o caso

Durante uma live, Sara Giromini usava o QR Code da conta dela no Picpay para receber doações em nome dos militantes 300 do Brasil, grupo ativista que permaneceu durante dias acampado na Esplanada dos Ministérios em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na mesma transmissão, ela divulgou dados da criança de 10 anos que engravidou após ter sido estuprada pelo tio. A extremista também divulgou o endereço da unidade de saúde onde a criança estava internada para a realização de um aborto autorizado pela Justiça.

A coluna tenta contato com a Picpay. Contudo, à época dos fatos, a plataforma chegou a responder internautas sobre os motivos para o bloqueio da conta virtual de Sara Winter: “Prezamos pelo nosso código de conduta, e ele não foi cumprido ao expor informações da menor de idade”.

Giromini chegou a ser presa temporariamente, em meados de junho, por causa de um inquérito que apura seu envolvimento com uma rede de propagação de fake news.

Veja o registro no Twitter:

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?