Acusada de cobrar por cirurgias no HRT, Ruby foi homenageada pela CLDF
Autor da solenidade, deputado Jorge Vianna diz que pediu indicação de nomes ao GDF, mas secretaria nega e alega ter sido “surpreendida”
atualizado
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Acusada de vender vagas na fila de cirurgia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a ex-servidora Ruby Lopes protagoniza uma cena de discórdia na Câmara Legislativa (CLDF). A questão envolve um evento ocorrido em fevereiro deste ano, quando 100 funcionários foram homenageados pelos 45 anos de criação da unidade de saúde. Entre os agraciados por “relevantes serviços prestados à saúde pública”, estava Ruby.
Ex-enfermeira chefe do HRT, ela é investigada por corrupção passiva, falsidade ideológica, ameaça e falsificação de documentos. Com a operação deflagrada pela Polícia Civil (PCDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), ex-colegas de trabalho relembraram a sessão solene proposta pelo deputado distrital Jorge Vianna (Podemos), que reverenciou Ruby Lopes.
De um lado, o distrital garante ter pedido a gestores da Superintendência de Saúde da região que indicassem nomes das pessoas a serem homenageadas, a fim de que cada setor fosse representado. “As escolhas foram feitas, portanto, pelo próprio hospital”, assegurou Vianna.
De outro, a Secretaria de Saúde (SES) alega que “a indicação não foi feita pela Superintendência ou direção do HRT”. A pasta ainda diz que todos “foram surpreendidos pela homenagem à ex-colaboradora”.
O fato é que, a esta altura do campeonato, ninguém quer assumir a paternidade do tributo.