Ibaneis: filhos de bombeiros e policiais mortos em serviço terão assistência
Decisão foi tomada após a soldado Marizelli ter perdido a vida durante combate a um incêndio florestal em Taguatinga Norte
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou, nesta terça-feira (17/09/2019), que a equipe jurídica do Palácio do Buriti elabore um estudo que garanta uma série de benefícios para filhos de integrantes das forças de segurança do Distrito Federal que perderam a vida em serviço.
Uma das medidas adiantadas pelo emedebista ao Metrópoles é a que prioriza a matrícula em escolas públicas, incluindo as militarizadas, de crianças e adolescentes descendentes de bombeiros, PMs e policiais civis mortos em missão.
A medida, segundo o chefe do Executivo local, também se estenderá àqueles que ficaram inválidos cumprindo o ofício de manter a paz e a ordem na capital do país.
Os detalhes do texto ainda serão redigidos, mas Ibaneis destacou que o projeto passará a vigorar em breve por meio da publicação de um decreto. A norma foi solicitada um dia após o chefe do Executivo local ter comparecido ao enterro da bombeira Marizelli Armelinda Dias e se solidarizar com a família. Divorciada, a soldado deixou dois filhos pequenos, de 4 e 5 anos.
“Nós precisamos encontrar uma solução para garantir um futuro próspero aos filhos de quem lutou bravamente pelo Distrito Federal, porque é mais do que justo que o Estado dê um olhar especial à família de quem dedicou a vida por nossa cidade”, disse à coluna.
Ibaneis planeja também reservar outros tipos de assistência aos órfãos de integrantes das corporações que tenham perdido a vida durante o trabalho ou que se feriram gravemente e não puderem retornar às atividades.
“Pedi para que todas as possibilidades sejam analisadas, toda a forma de auxílio, porque é o mínimo que o governo pode fazer por esses jovens. O Estado tem total responsabilidade de abraçar esses jovens e minimizar os impactos causados por episódios assim”, emendou.
Fatalidade
Marizelli Dias foi morta enquanto tentava apagar um incêndio florestal na QNL 2, em Taguatinga Norte, na manhã desse domingo (15/09/2019). Investigações levam a crer que uma árvore teria caído sobre a cabeça da soldado, mas há também uma linha de apuração que enxerga a possibilidade de a vítima ter sido eletrocutada por fios de alta-tensão.
Após tomar conhecimento sobre a fatalidade, o governador decretou luto oficial no DF por três dias.
Nessa segunda-feira (16/09/2019), o comandante-geral do CBMDF, coronel Carlos Emilson, também lamentou a morte da soldado da corporação. Ele classificou o caso como uma “fatalidade”. Segundo o bombeiro, a soldado foi integrada recentemente à corporação e tinha o treinamento necessário para o serviço, além de portar todos os equipamentos de proteção indispensáveis para a ocorrência.