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Fibra: indústrias do DF operam com 63% da capacidade na pandemia

Federação informou ainda que não há números consolidados, mas não descarta demissões nos próximos meses, caso a quarentena se estenda no DF

atualizado

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Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra
Jamal Bittar, presidente da Fibra
1 de 1 Jamal Bittar, presidente da Fibra - Foto: Victor Hugo Pessoa/Sistema Fibra

Mesmo com as medidas de isolamento social estabelecidas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) informou neste domingo (12/04) que o setor está operando com cerca de 63% da capacidade total.

Embora ainda não tenha consolidado o número de demissões na indústria local causadas pela pandemia do novo coronavírus, a entidade do setor produtivo argumenta que “a crise afetou a demanda industrial e a aquisição de matérias-primas”.

“No entanto, a manutenção desse quadro pelos próximos meses levará o empresário industrial a promover ajustes em sua produção ao novo patamar de demanda, que resultará em corte de vagas”.

Ainda de acordo com a entidade, o empresário industrial brasiliense já vinha apontando uma crescente preocupação com a demanda já no final de 2019, segundo sondagens realizadas pela própria Fibra. “A paralisação do comércio ocorrida em março agravou esse quadro, levando o setor a antecipar o movimento de ajuste do emprego”, explica.

Preocupação

Recentemente, a coluna noticiou que representantes de diversos setores da economia do Distrito Federal preveem o agravamento das dificuldades no caso de a pandemia do novo coronavírus se prolongar por mais 30 dias.

Presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar (foto em destaque) afirmou à reportagem, na oportunidade, que a cadeia produtiva do Distrito Federal pode sair dos trilhos de vez em 30 dias por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus.

O líder local do segmento disse se basear em estudo recentemente divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que, segundo ele, teria impacto proporcional do DF.

Embora reconheça as medidas econômicas tomadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), como a criação de linhas de créditos especiais pelo Banco de Brasília (BRB), Bittar criticou a demora do governo federal pela falta de regulamentação dos anúncios feitos pelo Ministério da Economia.

O presidente da Fibra também fez o desabafo durante teleconferência realizada pela Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF). “No próximo mês, poderemos ter a completa paralisia da cadeia de produção.”

“Em âmbito local, temos visto medidas mais enérgicas e que têm sido favoráveis para a indústria e o setor produtivo. Só que, no âmbito federal, temos sentido dificuldade de como acessar, por exemplo, as linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A operacionalização ainda está muito pouco esclarecida. Não temos conhecimento da regulação desses benefícios emergenciais nem como alcançá-los”, disse Bittar.

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