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Em junho, mercado imobiliário do DF registra recorde de vendas em 2020

De acordo com a Ademi-DF e Sinduscon-DF, Índice de Velocidade de Vendas (IVV) alcançou 11,1% no período e foi considerado o melhor do ano

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1 de 1 noroeste - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A movimentação do mercado imobiliário durante o mês de junho alavancou o cenário positivo e fez com que o primeiro semestre de 2020 registrasse resultado recorde. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) alcançou 11,1% no período e foi considerado o melhor índice do ano. A pesquisa registra o lançamento de 07 novos empreendimentos residenciais, com 678 unidades e a venda de 337 novos imóveis, o melhor índice já registrado.

Os números foram apresentados na manhã desta quarta-feira (12/8) durante coletiva virtual realizada pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-DF). Quanto maior o índice do IVV, melhor é o termômetro para avaliar a negociação de imóveis novos.

O levantamento abrange 90% do mercado imobiliário e, por isso, tem uma grande representatividade.

No total, as vendas acumuladas em 2020 alcançaram 1.118 unidades. O resultado do mês de junho é o melhor desde que o estudo foi iniciado há seis anos e revela que as incorporadoras e construtoras do DF conseguiram, com sucesso, superar as incertezas geradas pelo novo coronavírus, se adaptaram e estão preparadas para um novo ciclo de crescimento no pós-pandemia.

Noroeste e Santa Maria foram os bairros mais procurados.

“Junho foi um mês espetacular para o nosso setor, um momento virtuoso do mercado, consolidando a percepção de que o imóvel é uma grande oportunidade de investimento e ainda mais importante para a qualidade de vida das pessoas. Também fomos o segmento que mais gerou vagas no mercado de trabalho”, avaliou Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Ademi-DF.

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Recuperação

De janeiro a junho, o mercado imobiliário do DF acumulou Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 881,26 milhões em unidades lançadas e R$ 678,86 milhões em unidades vendidas.

“Nosso setor foi um dos primeiros a se recuperar e, grande parte disso, pela redução das taxas de juros para financiamento anunciadas pelos governantes durante a pandemia. Trouxemos de volta para o setor o público investidor, que compra imóveis para aluguel”, frisou Adalberto Valadão Júnior, vice-presidente do Sinduscon-DF. Para se ter ideia, em maio, o indicador foi de 9,2%.

De acordo com a pesquisa IVV, todos os parâmetros avaliados demonstram que, em junho, o mercado imobiliário manteve o comportamento de recuperação dos meses anteriores, com um maior aquecimento da venda de imóveis residenciais no DF.

Se comparada com maio, a velocidade de vendas cresceu 22,1% e a oferta de novas unidades subiu 25,4% em junho. A venda de imóveis registrou elevação significativa, segundo a Ademi-DF, com resultado 53,2% superior: no mês de maio, foram comercializadas 220 unidades.

A pesquisa aponta ainda que os meses de maio e junho de 2020 foram os melhores meses para o mercado imobiliário. Com reflexos da crise causada pela pandemia, a média do desempenho durante o segundo trimestre foi positiva, com crescimento de 7,7%. De acordo com as entidades, o cenário positivo também foi registrado em várias regiões do Brasil, o que poderia representar um reflexo da pandemia.

“Há um conjunto de fatores para explicar esse resultado. A taxa Selic, que orienta a economia, despencou e ao mesmo tempo foram reduzidas as taxas do financiamento imobiliário, criando melhores oportunidades para a compra de imóveis”, explicou o presidente da Ademi-DF. “Além disso, houve uma busca maior por imóveis, inclusive por unidades de maior tamanho, fruto da pandemia, que ressignificou a importância da moradia”, completou.

Para as entidades, a adaptação do setor ao chamado “novo normal”, com a possibilidade de negociações virtuais – incluindo a assinatura de documentos –, o que levou segurança aos clientes e investidores.

Bairros

Em junho, o ranking de vendas foi liderado pelo setor Noroeste com 71 unidades comercializadas; seguido das regiões de Santa Maria, 68 imóveis; e Planaltina, 51 unidades.

Segundo a pesquisa IVV, 72,4% dos imóveis residenciais comercializados em junho estão em obra e 27,6% se encontram prontos. O estoque de imóveis residenciais alcança 3.039 unidades no Distrito Federal, o suficiente para atender a demanda pelos próximos nove meses.

Ao Metrópoles, o Banco de Brasília (BRB) também confirmou o cenário imobiliário no Distrito Federal. Segundo a instituição financeira, de janeiro a julho de 2020 foram concedidos R$ 624,8 milhões em financiamentos destinados à compra e venda de imóveis no DF.

“O volume é 739,7% maior em relação ao mesmo período em 2019 e 152,5% superior quando comparado a todo o ano passado. Em 2020 já foram financiados 1.935 imóveis para pessoas físicas e jurídicas”, explicou o banco.

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