“Daqui a 30 dias não terá ninguém para reabrir”, diz Sindhobar-DF
Jael Antônio lembrou que são 400 estabelecimentos fechados e mais de 6 mil desempregados: “Se o governador fechou, é ele quem tem de abrir”
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio da Silva, criticou, nesta sexta-feira (15/05), a decisão da juíza Kátia Balbino de Carvalho, da 3ª Vara Federal Cívil do DF, que libera o funcionamento do comércio de acordo com uma escala estabelecida por ela. Pela determinação, os bares e restaurantes só poderão voltar a funcionar daqui a um mês.
“Daqui a 30 dias não terá ninguém para reabrir. Estará todo mundo quebrado. Isso é um absurdo total. A nossa programação foi feita para a partir de segunda-feira (18/05). Entregamos ao governo local um documento com todas as medidas de segurança para que possamos voltar a funcionar e cuidando de nossos colaboradores e também dos clientes. Já são 400 estabelecimentos fechados e mais de 6 mil desempregados. Se essa medida se estender, esse número vai triplicar”, disse ele à coluna.
Para Jael Antônio, o comércio já amarga o fechamento dos bares e restaurantes. “Imagina só: 60 dias sem faturamento, quem aguenta esse tempo todo? Temos família, temos nossas responsabilidades e, ao mesmo tempo, não tivemos nenhum tipo de incentivo. Tudo o que saiu não atende os pequenos empresários, que não têm garantias para acessar linhas de crédito porque não saiu o fundo garantidor”, disse.
STF
Sobre a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB) de recorrer da decisão judicial, Jael disse que apoia completamente o posicionamento do chefe do Executivo. “Ora, não foi quem ele decidiu pelo fechamento? Então é ele quem tem de reabrir. Com todo o respeito à Justiça, mas ela não entende nada sobre isso, que tem de ser competência do governo”, afirmou.
O presidente do Sindhobar também reivindica ao Governo do Distrito Federal (GDF) uma nova linha de crédito exclusiva ao pequeno empreendedor para auxiliá-lo na reabertura dos serviços.
“O GDF precisa criar uma nova forma de ajudar o pequeno empresário, aquele do boteco, do pequeno restaurante, e autorizar a liberação do recurso com fundo perdido e parcelas com juros baixos. Nossa situação está muito preocupante”, destacou.