Contrariando acordo, Bessa (PR) garante palanque a Bolsonaro no DF
“Se o partido fechou ou não fechou, o problema é deles. Eu não vou apoiar o Alckmin”, disse o deputado federal ao Metrópoles
atualizado
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A aliança nacional do Partido da República (PR) com o pré-candidato ao Palácio do Planalto Geraldo Alckmin (PSDB) não vai impedir o deputado federal Laerte Bessa (PR) de fazer campanha para o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Se o partido fechou ou não fechou, o problema é deles. Eu vou apoiar o Bolsonaro. Não vou dar palanque para o Alckmin
Laerte Bessa, deputado federal (PR-DF)
Bessa disse já ter conversado com o presidente nacional do PR, Valdemar Costa Neto, sobre a sua decisão. “Já expliquei e ele entendeu. Eu não abro mão”, afirmou o deputado. O político brasiliense revelou acreditar em um acordo nacional do PR com o PSL. “Ainda há muitas possibilidades”, disse.
Como mostrou o Metrópoles, Bolsonaro conta, no Distrito Federal, com o partido que negou composição nacional com o militar da reserva. Convidado para ser vice-presidente na chapa, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira (PRP) recusou a oferta. A sigla optou por lançar o aliado de Bolsonaro para a disputa ao Senado Federal pelo DF. Tudo para ajudar o partido a ultrapassar a temida cláusula de barreira.
No cenário local, contudo, a aposta do presidenciável é o general Paulo Chagas, justamente filiado ao PRP, legenda que lhe negou o vice. Já o partido de Jair Bolsonaro no DF está distante da campanha à Presidência da República do candidato militar. Há até pouco tempo, o PSL negociava levar o apoio à chamada terceira via brasiliense – a coalizão tende a defender nacionalmente a candidatura do tucano Geraldo Alckmin e dificilmente dará espaço para o polêmico postulante no Distrito Federal.