metropoles.com

Caixa de Pandora: ministro do STJ pede vista em caso de Rôney Nemer

A defesa do ex-deputado distrital e federal recorre contra decisão que o condenou por improbidade administrativa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
roney nemer
1 de 1 roney nemer - Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Napoleão Nunes Maia Filho, pediu vista no processo em que o ex-deputado distrital e federal Rôney Nemer (Progressistas) quer ser inocentado da acusação de improbidade no âmbito da Operação Caixa de Pandora. A defesa do ex-parlamentar recorreu, por meio de agravo, da decisão do relator, Gurgel de Faria, alegando irregularidade nas escutas ambientais feitas pelo delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa.

O caso começou a ser analisado na Primeira Turma do STJ, na tarde desta terça-feira (01/10/2019). Logo após o relator apresentar seu voto, houve o pedido de vista. Não há prazo para que o processo volte à pauta da Corte.

Em junho de 2018, o ministro Gurgel de Faria proferiu decisão monocrática aumentando a pena de inelegibilidade de Nemer, que passou de seis para oito anos.

De acordo com o magistrado, há comprovação, nos autos do processo, de que o réu foi nomeado em cargos no governo José Roberto Arruda em troca de apoio. Nemer foi presidente da Empresa Brasiliense de Turismo (Brasiliatur) e diretor-geral da Agência de Fiscalização do GDF (Agefis). Circunstância que, segundo o ministro em sua decisão monocrática, demonstra “a confluência de interesses e o incondicional apoio dele aos projetos e ideais governistas”, diz o documento.

“Assim, ante a robustez do material probatório constante dos autos, notadamente quanto ao depoimento testemunhal e às escutas ambientais, é possível atestar a participação do réu no esquema nacionalmente conhecido por Mensalão do DEM, concerto de vontades para obter sustentação política ao governo de Arruda”, diz o magistrado.

O nome do parlamentar foi citado em conversa gravada entre o então governador Arruda, Durval Barbosa, e José Geraldo Maciel, secretário-chefe da Casa Civil à época, quando Rôney cumpria mandato de distrital.

O político foi condenado por ter recebido pagamentos do governo Arruda, entre 2007 e 2009, para apoiar ações do então gestor.

A condenação foi por enriquecimento ilícito e dano ao erário, com suspensão de direitos políticos. São duas ações restantes sobre a mesma acusação da Pandora: uma na esfera criminal e outra na cível.

De acordo com o advogado de defesa Rôney Nemer, Rodrigo Alencastro, a defesa questiona todo o processo em si. “Não tem nenhuma imagem dele. O próprio Durval diz que não entregou nenhuma quantia ao Rôney. Ele é citado por terceiros, o nome dele foi confundido em circunstâncias que já foram esclarecidas no processo penal”, afirmou Alencastro.

Segundo ele, Rôney Nemer não sofreu sequer busca e apreensão à época do escândalo. “É um caso de improcedência. Ele não tem nenhuma participação nesse caso”, completou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?