BRB já liberou R$ 100 milhões para 1,3 mil empreendedores do DF
Balanço é referência ao Supera-DF, linha de crédito especial criada para reduzir impactos causados no setor produtivo pelo novo coronavírus
atualizado
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Com o objetivo de socorrer o setor econômico do Distrito Federal durante as medidas restritivas para conter o novo coronavírus, o Banco de Brasília (BRB) já liberou R$ 100 milhões por meio do programa Supera-DF. A linha de crédito especial foi criada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) e direcionada ao comércio e a empreendedores para “superar a crise”, em decorrência da pandemia. O programa tem até R$ 1 bilhão disponível para clientes do banco.
Até agora, segundo a instituição bancária informou ao Metrópoles, já foram 1,3 mil empresas beneficiadas pelo programa elaborado para ajudar pessoas jurídicas e físicas. Objetivo é minimizar os impactos econômicos provocados pelo fechamento parcial do comércio no DF. Os números foram atualizados até a noite de sexta-feira (03/04).
Do total de empresas atendidas, 450 já eram clientes antigos do BRB, e outras 850 ainda não eram correntistas. Dos novos clientes, 500 optaram por abrir a conta e 330 deles já tiveram o dinheiro disponibilizado para atenuar o momento de crise econômica global.
Ainda de acordo com a instituição, “a taxa de aprovação dos pedidos de concessão de crédito por meio do Supera-DF ultrapassa os 77% e engloba empresas de diferentes setores da cadeia produtiva do Distrito Federal”, completa.
Supera-DF
A linha de crédito especial foi anunciada em 15 de março, com condições especiais lançadas pela instituição financeira em um momento no qual pequenos, médios e grandes empresários falam em prejuízos e demissões provocadas pelo fechamento do comércio para conter a disseminação do novo coronavírus na capital.
O BRB decidiu, ainda, ampliar as soluções a fim de minimizar os impactos econômicos provocados pela crise na saúde, que acabou virando também uma crise econômica. O programa Supera-DF tem, além da liberação de R$ 1 bilhão, outras ações para o setor produtivo.
Entre elas, a suspensão, por 90 dias, de cobranças das contratações já realizadas por empresários e a atuação em três linhas de crédito específicas, que têm prazo de carência para o pagamento da primeira parcela.
Para quem deseja investir, tem até 24 meses de carência e 60 meses para pagar, com juros de 0,92% ao mês. Os cartões terão seis meses de carência e 36 meses para pagar a 0,80% de juros. Para capital de giro, a carência será de um a quatro anos para quitar a dívida.
“Todos os setores da economia podem ter acesso ao crédito. Quanto à suspensão do pagamento de crédito adquirido por até 90 dias, só vale para quem estava em dia com as parcelas até 18 de março. Devedores não terão direito à prorrogação”, afirmou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.