metropoles.com

Baixo estoque e atraso na entrega de luvas acendem alerta na Saúde do DF

De acordo com a pasta, pelo menos cinco processos licitatórios estão em andamento para suprir demanda do equipamento exigido para Covid-19

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
ISTOCK
Médico-luva
1 de 1 Médico-luva - Foto: ISTOCK

O baixo estoque de luvas cirúrgicas e não cirúrgicas acenderam um verdadeiro alerta dentro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Embora compras do equipamento de proteção tenham sido realizadas, o fornecedor está em atraso e há receio de que o material – um dos essenciais para o contato com pacientes com Covid-19 – tenha o uso contingenciado.

Atualmente, as luvas de tamanho médio e pequeno são as que têm o menor quantitativo dentro dos depósitos da pasta, justamente por serem as mais procuradas. Para tentar estancar uma possível crise de abastecimento, cinco processos licitatórios foram abertos e estão em andamento. Há ainda a expectativa das compras já realizadas serem entregues antes de o estoque alcançar níveis ainda mais preocupantes.

Um processo anterior chegou a ser concluído, mas a fornecedora decidiu cancelar a nota de empenho, justamente por não ter o material para uma pronta entrega. Nesse caso, o processo foi cancelado e a Secretaria de Saúde abriu uma nova compra.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Saúde decidiu controlar a logística de distribuição não apenas de equipamentos de proteção, mas também de insumos, com o objetivo de tentar conseguir o uso mais racional dos materiais para todas as unidades da rede pública.

Procurada, a Secretaria de Saúde garantiu que “não tem medido esforços para manter o abastecimento e evitar uma possível falta desses insumos. Porém, o não cumprimento de contrato por parte dos fornecedores tem prejudicado o abastecimento”.

5 imagens
Transporte de passageiro com Covid-19
1 de 5

Hran é hospital de referência em tratamento de Covid-19

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 5

Transporte de passageiro com Covid-19

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 5

Hugo Barreto/Metropoles
4 de 5

Igo Estrela/Metrópoles
5 de 5

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Casos recorrentes

A centralização ficou sob responsabilidade da Subsecretaria de Logística da pasta, mas as reclamações sobre desabastecimento começaram a aparecer sistematicamente. Houve registro de falta de máscaras, de capotes, de analgésicos e até mesmo de sedativos para pacientes do Sars-Cov-2 que necessitam de auxílio de ventilação mecânica.

O Metrópoles noticiou inúmeros momentos quando servidores temiam a falta de material básico de proteção ou de tratamentos para continuar a guerra contra a pandemia no Distrito Federal. Recentemente, a coluna revelou o desespero de servidores da Gerência de Assistência Cirúrgica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) ao relatarem a falta de materiais básicos de rotina – como luvas e aventais –, mas também a insuficiência no estoque de medicamentos indispensáveis para procedimentos cirúrgicos e intubação orotraqueal.

São drogas anestésicas, vasoativas e cloreto de suxametônio, por exemplo, uma espécie de relaxante muscular que auxilia a equipe médica a tranquilizar os pacientes durante o período em que estão intubados.

“Cumpre-me informar que a unidade de centro cirúrgico está sofrendo com a falta de alguns insumos como: avental cirúrgico descartável estéril, drogas anestésicas, drogas vasoativas e cloreto de suxametônio. Os mesmos são importantes para a realização de procedimento cirúrgicos e intubação orotraqueal, principalmente em momento de pandemia”, registrou o documento da época.

Na oportunidade, a direção administrativa do Hran negou qualquer desabastecimento dos itens citados nos estoques da unidade e disse que tratava-se de “um rígido controle, que está sendo feito justamente para melhor administração do estoque. Desta forma, o Hran pode atender todas as equipes de assistência direta aos pacientes internados”, registrou.

Por meio da assessoria de imprensa, a direção administrativa do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) negou qualquer desabastecimento dos itens citados nos estoques da unidade. “O que está ocorrendo é um rígido controle, que está sendo feito justamente para melhor administração do estoque. Desta forma, o Hran pode atender todas as equipes de assistência direta aos pacientes internados”, frisa.

A nota ressalta ainda que “o Centro Cirúrgico do hospital está desativado desde o início da pandemia do novo coronavírus, quando a unidade foi declarada como referência para o enfrentamento à Covid-19”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?