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Após 30% dos funcionários contraírem Covid-19, Hospital da Criança pede prioridade em vacinação

De acordo com a unidade de referência, percentual representa 461 casos entre os 1.497 colaboradores que integram as equipes

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Hospital da criança
1 de 1 Hospital da criança - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Uma das principais unidades pediátricas do Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) registrou 30,79% dos funcionários infectados pela Covid-19 desde o reconhecimento local da pandemia do novo coronavírus. O percentual retrata 461 casos no universo total de 1.497 colaboradores.

O balanço, que deve se repetir em outros hospitais de atendimento público na capital federal, motivou a superintendência da unidade de referência a solicitar ao secretário de Saúde, Osnei Okumoto, a inclusão da equipe de profissionais do HCB no grupo prioritário para a primeira etapa da vacinação no DF. De acordo com o programa divulgado pela pasta, os profissionais de saúde têm preferência na fila de recebimento quando houver disponibilidade do imunizante na rede pública local.

“Ao tempo em que o cumprimentamos, gostaríamos de solicitar sua anuência para que na, distribuição das doses de vacina para Covid-19, sejam incluídos os funcionários do HCB, bem como aqueles empregados de empresas terceirizadas que atuam no hospital, tendo em vista que os trabalhadores de saúde são do grupo prioritário para o recebimento da vacina. Nesse aspecto, impende esclarecer que o próprio HCB vai adotar as providências necessárias para aplicar as vacinas em seu quadro de pessoal, estagiários, residentes e terceirizados”, escreveu Renilson Rehem, superintendente do Hospital da Criança.

Embora atenda gratuitamente os pacientes, o HCB é uma organização social com gestão própria que recebe repasses dos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF). A diferença de formato com os outros hospitais públicos acendeu o sinal de alerta da direção para que a unidade seja contemplada no plano distrital de vacinação contra a Covid-19.

“Temos acompanhado de perto a evolução da pandemia no Hospital da Criança, no sentido de evitar ao máximo o impacto da Covid-19 em toda a comunidade que frequenta a unidade. A vacinação é um momento esperado e toda organização prévia para que ela possa ocorrer com o mínimo de intercorrências de qualquer ordem foi realizada, inclusive o levantamento de informações detalhadas e atualizadas da nossa condição epidemiológica para a Secretaria de Saúde. Acredito que contribuímos assim para que a pasta possa planejar também o fornecimento da vacina aos profissionais de saúde, grupo prioritário como definido pelo Ministério da Saúde”, destacou ao Metrópoles o superintendente do HCB.

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Superintendente da unidade, Renilson Rehem quer que colaboradores sejam vacinados na primeira leva da campanha
A unidade é referência no DF em atendimento pediátrico
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Hospital da Criança informou que 30% dos funcionários já foram infectados pela Covid-19

JP Rodrigues/Metrópoles
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Superintendente da unidade, Renilson Rehem quer que colaboradores sejam vacinados na primeira leva da campanha

Reprodução/YouTube
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A unidade é referência no DF em atendimento pediátrico

Tony Wiston/Agência Brasília
Testagem própria

Atualmente, o Hospital da Criança conta com 1.497 funcionários, sendo 1.092 da área assistencial e 405 da área de apoio administrativo, além de mais 81 estagiários e 53 médicos residentes. Se for incluir no plano os trabalhadores terceirizados, a soma passa para 2.073 colaboradores.

Desde o começo da pandemia, a unidade de referência preparou o próprio laboratório para realizar a testagem de pacientes e trabalhadores. No período acumulado entre abril de 2020 até sexta-feira (8/1), 134 pacientes testaram positivo para Covid-19, sendo que, no total, foram realizados 597 testes. Nesse mesmo prazo de nove meses, 129 acompanhantes positivaram para a doença, tendo sido realizados, ao todo, 1.385 testes.

“Considerando que, na data de hoje, tanto o Instituto Butantan quanto a Fundação Instituto Oswaldo Cruz solicitaram à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para uso emergencial de suas vacinas, respectivamente a Coronavac e aquela da AstraZeneca, o início da vacinação não deve tardar, motivo pelo qual torna-se urgente a resposta, que esperamos positiva, a esta solicitação, para que possamos adotar todas as medidas necessárias”, reforçou no documento o superintendente.

 

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