Venda bilionária da Tiffany para o grupo LVMH pode ser cancelada
O portal WWD teve acesso a fontes que revelaram uma incerteza na negociação, que já deveria ter sido regulamentada
atualizado
Compartilhar notícia
A venda da Tiffany para o grupo LVMH agitou a indústria fashion no fim do ano passado. Depois de semanas de movimentação, o negócio foi confirmado em novembro. No entanto, as empresas não previam uma pandemia global. Agora, segundo o portal WWD, a aquisição é vista como incerta.
Vem comigo entender!
A transação foi decidida por cerca de US$ 16,2 bilhões. “Estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade de dar as boas-vindas à Tiffany na família LVMH”, declarou Bernard Arnault, presidente e diretor-executivo do LVHM, em 2019.
A aquisição se tornou um maiores negócios já feitos na história. Na época, especialistas apontaram que o acordo foi firmado em um momento favorável para ambas as labels. Contudo, o cenário mudou completamente e a venda pode não ser concretizada.
O processo de regulamentação deveria ter sido concluído em abril, mas, devido ao surto de Covid-19 que tomou conta do mundo, precisou ser adiado para outubro. Agora, a joalheria enfrenta uma situação de deterioração no mercado norte-americano, potencializada pelo conflito social com protestos antirracistas e reivindicações da população, incluindo a depredação de lojas.
Segundo o WWD, membros do conselho administrativo do LVMH convocaram uma reunião, em Paris (França), na noite de terça-feira (02/06). No encontro, os executivos manifestaram preocupação em relação à capacidade da Tiffany de cumprir os pactos de dívida no fim da transação, englobando compromissos de contratos de financiamento e empréstimos que servem para proteger os interesses dos credores. Os participantes deixaram uma mensagem de que a aquisição deve ser reconsiderada.
O portal também destacou que, até janeiro, a joalheria norte-americana abriu lojas em Hong Kong e Xangai, enquanto reformava unidades em Londres (Inglaterra), Nova York (EUA) e Sydney (Austrália). No entanto, no início do ano, a Tiffany foi forçada a fechar aproximadamente metade de suas lojas na China e todos os pontos na América do Norte, até meados de março, para impedir a propagação do coronavírus.
A Tiffany e o LVMH foram procurados pelo WWD para comentar o assunto. A joalheria não respondeu, e o conglomerado de luxo preferiu não dar declarações. No início da pandemia, o grupo avisou que não desistiria da negociação. Vamos aguardar!
Colaborou Rebeca Ligabue