Veja cinco grifes que foram destaque na moda em 2019
Saiba também as marcas que chegaram no Brasil e as que deixaram o solo brasileiro neste ano
atualizado
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A retrospectiva de 2019 da coluna já passou pelos acontecimentos, tendências, gafes e celebridades mais estilosas do ano. Agora, chegou a vez de destacar algumas marcas que foram as queridinhas das fashionistas nos últimos 12 meses. Uma delas foi a Bottega Veneta, que viu suas sandálias de bico quadrado nos pés de várias trendsetters das semanas de moda internacionais. Fenty, Jacquemus, Pyer Moss e Richard Quinn também tiveram grandes momentos.
Vem comigo!
Bottega Veneta
Este foi um ano e tanto para a grife italiana Bottega Veneta. No Fashion Awards 2019, o estilista britânico Daniel Lee levou quatro troféus pelo trabalho na marca: três individuais e o de Marca do Ano. Suas criações são minimalistas, modernas e cheias de texturas elaboradas.
Entre elogios e comparações com Phoebe Philo, com quem ele trabalhou na Celine, o designer de 33 anos surpreendeu a todos em seu primeiro ano na direção criativa da BV. Para isso, bastou um ano e meio no cargo, com uma estreia badalada na passarela da Semana de Moda de Milão, em fevereiro.
Listada entre as Breakout Brands do levantamento anual Year in Fashion, da plataforma Lyst, a etiqueta emplacou duas peças entre os produtos mais desejados do mundo: a bolsa Pouch e as Stretch Sandals, em 1º e 2º lugar, respectivamente. A demanda pelos acessórios e it calçados da marca subiu 53% em 2019.
Desde o lançamento, a bolsa teve mais de 10 mil page views mensais. Enquanto isso, as famosas sandálias de bico quadrado bombaram no street style das semanas de moda, seja com tiras, seja com couro acolchoado. No mês de julho, as pesquisas cresceram 471%.
Fenty
Rihanna fez história ao ser a primeira mulher a criar uma marca original com o grupo LVMH. A etiqueta de luxo Fenty foi lançada em maio deste ano, após meses de especulação. O hype foi enorme logo no início. Somente no primeiro mês, o Lyst informa que a marca teve 7 milhões de impressões nas redes sociais, além de menções em mais de 5 mil artigos de mídia.
Com vestuário prêt-à-porter, calçados e acessórios, as coleções são mensais e disponibilizadas diretamente on-line. A label com sede em Paris dispensa desfiles e oferece peças até o tamanho 14 dos Estados Unidos.
Primeira mulher negra no comando de uma marca de luxo no mundo, RiRi se tornou também a cantora mais rica da indústria da música no mundo inteiro. Grande parte da fortuna de US$ 600 milhões é fruto de sua outra parceria com o LVMH, a marca de beleza Fenty Beauty.
Ainda no mercado de moda, a artista roubou a cena com a linha de lingeries Savage x Fenty, com o TechStyle Fashion Group.
Pyer Moss
Por falar em Rihanna, a cantora é uma das fãs da Pyer Moss, marca fundada em 2013 pelo premiado estilista Kerby Jean-Raymond. Pautada pela responsabilidade social e a consciência negra, a grife tem peças contemporâneas e disruptivas. Não é à toa que seu show se tornou um dos mais aguardados da Semana de Moda de Nova York.
O desfile apresentado em setembro, referente à primavera/verão 2020, aumentou as pesquisas on-line pela marca em 226%. Vale lembrar que, neste ano, Jean-Raymond entrou para o núcleo administrativo do Conselho de Designers de Moda da América (CFDA).
Jacquemus
A pequena bolsa Le Chiquito, lançada em 2018, foi uma aposta certeira para a Jacquemus, que celebrou 10 anos de mercado neste ano. O modelo foi um dos mais buscados depois que a marca introduziu uma versão ainda menor no desfile de outono/inverno 2019/20.
O show de primavera/verão 2020, realizado na região de Provença (França) no meio de um campo de lavandas, teve até a presença da atriz Bruna Marquezine. Nas 24h seguintes, o desfile foi responsável pelo aumento de 761% das menções da marca nas redes sociais.
No mês de junho, quando ocorreu a apresentação, as buscas pela label na web aumentaram 37%. A demanda pela marca, de uma maneira geral, subiu 131% em relação ao ano de 2018. Com itens e desfiles “instagramáveis”, Simon Porte Jacquemus é um dos estilistas que usam as redes sociais a seu favor.
Richard Quinn
Cardi B deu o que falar quando apareceu toda coberta, da cabeça aos pés, nas ruas da capital francesa durante o Paris Fashion Week. Na ocasião, ela vestiu um modelito diretamente da coleção de outono/inverno 2019/20 do estilista inglês Richard Quinn. Neste ano, ele foi também um dos colaboradores da edição 2019 do projeto Moncler Genius.
No ano passado, o desfile de outono/inverno 2018/19 do designer foi prestigiado por ninguém menos que a própria rainha Elizabeth II. A monarca sentou na primeira fila ao lado de Anna Wintour e ainda concedeu a Quinn o prêmio de Estilista Britânico Emergente na primeira edição do Queen Elizabeth II Award for British Design.
O Lyst informa que as buscas pela marca homônima do designer crescem 56% anualmente. Ela foi lançada em 2016, mesmo ano em que o londrino se formou pela Central Saint Martins. Suas criações multicoloridas brincam com silhuetas amplas e tridimensionais, que dão movimento aos tecidos fluidos. A etiqueta tem um trabalho forte com estamparia, especialmente a floral.
Chegadas e partidas do solo brasileiro
O mercado fashion brasileiro também viu algumas idas e vindas de marcas internacionais. As grifes francesas Chloé e Balmain, por exemplo, abriram suas primeiras lojas no Brasil neste ano – no caso da Chloé, foi também a primeira butique na América Latina.
Outras etiquetas que começaram a operar diretamente no país foram a californiana Ugg, com suas icônicas botas, e a sueca Fjällräven. Essa última oferece peças para atividades ao ar livre e é conhecida pelas mochilas.
Por outro lado, resultados insatisfatórios levaram a Versace e a Ralph Lauren a encerrarem as atividades no país. A grife italiana operou a única loja em solo brasileiro até o Natal de 2018, mas dispensou os funcionários e fechou as portas sem qualquer comunicado oficial.
Neste ano, a Burberry anunciou também o fechamento de 10% das lojas do mundo. Entre elas, cinco no Brasil. A Vans, que deixou de operar diretamente no Brasil em janeiro, agora é licenciada no país pelo grupo Arezzo & Co.
Em 2020, ficaremos de olho nas marcas mais comentadas do cenário fashion. Até a próxima!
Colaborou Hebert Madeira