Varejista chinesa Shein lança parcerias com designers emergentes
Novo projeto da empresa de fast fashion dá destaque para jovens talentos enquanto expande a oferta de produtos
atualizado
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A varejista on-line Shein, especializada em fast fashion, teve ótimos resultados em 2020, e pretende continuar assim. A empresa sediada na China lançou, neste mês, um programa de colaborações com talentos emergentes. A proposta do projeto Shein X é simples: a empresa fabrica e divulga os produtos criados pelos designers, enquanto eles detêm uma parcela dos lucros e a propriedade intelectual sobre as peças. O primeiro lançamento da iniciativa, já disponível no Brasil, traz roupas com inspiração streetwear. As informações são do WWD.
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Shein X
Ao falar sobre o projeto, a diretora de marketing da empresa, Molly Miao, apontou que “é difícil para os designers emergentes se destacarem e serem notados, principalmente porque não têm recursos”. A princípio, as parcerias começam com três meses, mas podem ser estendidas.
Para o primeiro momento, a Shein foi atrás de talentos internacionais que criassem “designs novos, únicos e divertidos”. Depois, o programa funcionará por meio de inscrições, com a expectativa de uma coleção-cápsula mensal desenhada por sete designers.
No lançamento de estreia, nem todos são estilistas. Nora Ink e Louise Yan (Flowerbloom), por exemplo, são tatuadoras. A lista também inclui a ilustradora de moda Sveta Leyfman, a estilista de moda feminina Brianna Shae (da marca Loi D’Influence), e o artista e designer David Mendez Alonso, de Barcelona, fundador da etiqueta multicolorida Outsiders Division.
O duo Freak City LA, formado por Justin Romero e Valerie Campbell, também marca presença e já conquistou Billie Eilish e Rosalía. Moletons com capuz são o carro-chefe da Angleró New York, marca que chamou atenção de Lady Gaga e foi criada por Juan Carlos Angleró em 2014.
Crescimento constante
Apesar dos resultados estáveis em 2020, impulsionados pelos preços acessíveis, Molly Miao adiantou que espera um comportamento mais conservador por parte dos consumidores neste ano. Segundo ela, as vendas continuam a crescer, mesmo com a crise do novo coronavírus.
Por outro lado, as compras passaram a priorizar itens essenciais, confortáveis e esportivos. A diretora de marketing se recusou a dar detalhes sobre a receita da empresa, mas, no ano passado, o jornal South China Morning Post relatou um ganho de US$ 2,8 bilhões em 2019.
Fluxo de produtos
A Shein está no mercado desde outubro de 2008 e acumula mais de 17 milhões de seguidores em seu perfil principal do Instagram; na conta brasileira da etiqueta, são mais de 129 mil. Segundo a empresa, 500 itens novos entram para o catálogo todos os dias. Em 2020, a varejista se desculpou publicamente após vender um colar com formato de suástica e tapetes que lembram esteiras de oração usadas na religião islâmica.
A proposta de convidar designers emergentes parece bem interessante para alavancar a carreira de novos talentos. Seria uma ótima estratégia para ser adotada pelas varejistas que atuam no Brasil. A C&A, por exemplo, lança variadas colaborações constantemente.
Colaborou Hebert Madeira