Valentino e Balmain são destaques no penúltimo dia da Alta-Costura
Grifes de luxo apresentaram peças que privilegiam cores, texturas e volumes em seus shows
atualizado
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A Semana de Alta-Costura teve um penúltimo dia repleto de grandes casas. Nessa quarta-feira (23/1), Maison Margiela, Elie Saab e Jean Paul Gaultier investiram na assimetria e nos ombros marcados, enquanto Valentino e Balmain privilegiaram cores, texturas e volumes.
Se Pierpaolo Piccioli seguiu pelo caminho das cores vivas e marcantes, com bastante color-blocking e estampas florais, sempre em silhuetas irregulares, Olivier Rousteing optou por um mood futurista, trabalhando candy colors de maneira vanguardista.
Vem comigo conferir!
Valentino
O desfile da casa italiana não poderia ser mais atual: um vestido em coral, a cor de 2019, abriu o show. Os primeiros looks trouxeram um ar moderno, modelagens amplas, sobreposições com casacos oversized e um toque comfort.
Em seguida, a passarela foi tomada por uma chuva de estampas florais, que deram tom a vestidos volumosos e cheios de detalhes, como babados e plumas. As silhuetas ganharam um toque dramático e romântico.
A amplitude deu o tom da coleção até o final, quando peças monocromáticas apareceram. Para não cair na sobriedade, drapeados, rendas e paetês acrescentaram doses de extravagância. A supermodelo Naomi Campbell encerrou o desfile, com um vestido preto transparente na parte de cima, com mangas largas e uma saia em camadas.
Outra novidade da Valentino esteve no radar dos portais internacionais nesta semana. Segundo o portal WWD, Pierpaolo Piccioli fez um pequeno filme sobre a haute couture da casa com o diretor italiano Luca Guadagnino, de Me Chame Pelo Seu Nome (2017). Ao que tudo indica, a produção é sobre a coleção de outono/inverno 2018-2019, mas ainda não tem título nem estreia confirmados.
Balmain
Após 16 anos longe da Semana de Alta-Costura, a Balmain está de volta ao avant-garde, agora sob o olhar apurado de Olivier Rousteing. O show fechou o terceiro dia do evento mais pomposo do circuito fashion internacional com chave de ouro.
Transmitido ao vivo pelo novo aplicativo da maison, o desfile começou com uma série de peças brancas, compostas por uma alfaiataria desconstruída, que logo deu lugar às formas tridimensionais e silhuetas bem delineadas. Em seguida, entram em cena as estrelas do trabalho: as manipulações de tecidos.
As matérias-primas ganharam aplicações de plumas de avestruz tingidas à mão, crochê, pérolas, cristais e correntes, em um handmade que precisou de várias mãos e milhares de horas para ser concluído. Contudo, as texturas não pararam por aí, indo do tweed ao plástico acolchoado, passando pelos plissados e jeans bordados.
Os tons neutros evoluíram para um esquema de padronagens em candy colors, que pareciam escorrer em cada roupa, enquanto a pegada futurista era garantida pelos acessórios e pela maquiagem esbranquiçada do show.
Apesar de contar com inspiração parisiense, algumas peças surgiram com perfume oriental, mas o objetivo de Rousteing foi alcançado. O designer se espelhou na beleza da Cidade Luz e em seus percursores (Pierre Balmain e Oscar de la Renta) para compor uma interpretação moderna do histórico da casa francesa.
“Estamos vivendo em um mundo onde temos medo de olhar para o passado, pois todos estão estressados com o futuro. Estou olhando para o passado para entender o presente, e sonhar de verdade com um futuro melhor. Estou voltando ao básico da maison”, contou à Vogue UK.
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Colaboraram Danillo Costa, Hebert Madeira e Rebeca Ligabue