Top models são intimadas a depor no caso Fyre Festival
Kendall Jenner, Bella Hadid, Alessandra Ambrósio e Laís Ribeiro podem ter que devolver pagamento feito pelo empresário Billy McFarland
atualizado
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Em 2017, o rapper Ja Rule e o empresário Billy McFarland anunciaram um festival de música de alto padrão que seria realizado em uma ilha paradisíaca das Bahamas. Na ocasião, a dupla convidou um grupo de top models de cacife internacional para divulgar o evento, entre elas Kendall Jenner, Bella Hadid, Alessandra Ambrósio, Hailey Baldwin, Laís Ribeiro, Emily Ratajkowski e Elsa Hosk.
Após 48 horas do início das vendas, todos os ingressos estavam esgotados, mas o Fyre Festival virou um verdadeiro pesadelo para seus participantes. Ao chegar à festa, os clientes se depararam com uma estrutura precária, falta de comida e todos os shows cancelados.
O caso ganhou repercussão internacional, dois documentários e resultou na prisão de McFarland. Contudo, o juiz responsável pelos processos movidos contra o festival ainda quer descobrir o paradeiro dos US$ 26 milhões arrecadados pelos idealizadores do projeto. Para isso, ele solicitou que todas as modelos envolvidas na divulgação do evento prestassem depoimento à corte americana nas próximas semanas.
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Imagine um festival de música em uma ilha de águas cristalinas que pertenceu a ninguém menos que Pablo Escobar. Adicione atrações como Blink-182 e Major Lazer, top models de alto escalão e acomodações de luxo, com o melhor da comida e da decoração. Foi essa a promessa feita por Ja Rule e Billy McFarland ao clientes do Fyre Festival, tudo pela bagatela de US$ 50 mil.
Porém, ao chegar à ilha, os participantes encontraram tendas de acampamento, colchões encharcados pela chuva e refeições que se limitavam a sanduíches com duas fatias de queijo, alface e tomate. Para piorar, os shows e voos domésticos do arquipélago foram cancelados, deixando todo mundo preso no local sem nada para fazer.
Uma enxurrada de críticas feitas pelos consumidores tomou a internet e a situação viralizou. A Justiça americana logo foi acionada e os organizadores do festival foram autuados por fraude, culminando na prisão de McFarland, em outubro de 2018. A detenção, porém, não resolveu o problema dos 80 investidores que perderam cerca de US$ 26 milhões no financiamento do evento.
Com o lançamento de dois documentários sobre o caso Fyre Festival no início deste mês, o problema voltou às manchetes e um juiz determinou que todos os envolvidos na divulgação do projeto prestem depoimentos para a Justiça entender onde foi parar a fortuna arrecadada pelos organizadores.
As supermodelos Kendall Jenner, Bella Hadid, Alessandra Ambrósio, Hailey Baldwin, Laís Ribeiro, Emily Ratajkowski e Elsa Hosk serão obrigadas a divulgar o valor que receberam de Billy, condenado a 6 anos de prisão. Elas podem, inclusive, ter de devolver a quantia, caso o magistrado entenda que as profissionais sabiam da fraude nos bastidores da organização do Fyre.
De acordo com McFarland, foram gastos US$ 5,3 milhões do montante em mídia e promoção nas redes sociais, incluindo US$ 1,2 milhão para as modelos da IMG e US$ 275 mil para Kendall Jenner, mas existem suspeitas de que esse número esteja superfaturado. A irmã de Kim Kardashian, inclusive, foi previamente advertida pela Comissão Federal do Comércio, pois seu post sobre o evento era um anúncio pago, o que não ficou claro para seus milhões de seguidores.
Em uma audiência que aconteceu nesta semana, Gregory Messer, administrador responsável pela falência da Fyre Media, disse que a tarefa de desfazer o que deu errado está sendo “desafiadora”, considerando a falta de informações básicas. “Os depoimentos são necessários para obtermos uma compreensão completa das razões para essas transferências”, falou Messer.
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Colaborou Danillo Costa