metropoles.com

Tiffany & Co. será finalmente vendida ao grupo LVMH com preço reduzido

Após período de conflito e ameaça de desistência por parte do conglomerado, as negociações foram retomadas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Alex Tai/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Caixas em loja da Tiffany & Co.
1 de 1 Caixas em loja da Tiffany & Co. - Foto: Alex Tai/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A venda da Tiffany & Co. para o grupo de luxo LVMH será finalmente concretizada. Após um período de conflito e ameaça de desistência por parte do conglomerado, as negociações foram retomadas. Para encerrar a disputa legal entre as empresas, a joalheria norte-americana decidiu aceitar um preço mais baixo que o oferecido anteriormente e concluir a negociação.

Vem comigo saber mais!

Giphy/Tiffany&Co./Reprodução

 

Desde que a aquisição foi confirmada, no fim do ano passado, os burburinhos na indústria fashion não pararam. No entanto, a pandemia global chegou e mudou o cenário. O processo de regulamentação deveria ter sido concluído em abril, mas chegou a ser adiado para outubro.

Antes disso, já em junho deste ano, a aquisição passou a ser vista como incerta. Três meses depois, o LVMH anunciou que não prosseguiria com a compra. Foi quando a Tiffany acionou a justiça no estado norte-americano de Delaware para forçar o grupo francês a fechar de vez a compra. Em contrapartida, ainda em setembro, o conglomerado acusou a etiqueta norte-americana de má gestão em uma tentativa de se esquivar da fusão.

Agora, o drama está perto de um fim. A holding francesa sugeriu cortar cerca de US$ 425 milhões de seu preço de aquisição original, de US$ 16,2 bilhões. Conforme anunciado nesta quinta-feira (29/10) pelo LVMH, via comunicado, o novo pacto “modifica certos termos do acordo inicial para refletir um preço de compra de US$ 131,50 (por ação ) em dinheiro e para reduzir a condicionalidade de fechamento”.

Anteriormente, o valor da transação era de US$ 135 por ação. De acordo com o conglomerado francês, outros termos importantes da fusão permanecem inalterados. Espera-se que o negócio seja finalizado no início de 2021, a depender da aprovação de acionistas.

joias da Tiffany
Fundada em 1837, a Tiffany & Co. é uma das empresas mais renomadas do mundo. Em novembro de 2019, foi anunciada a venda da joalheria norte-americana para o grupo LVMH, de Bernard Arnault

 

loja da Tiffany em Viena
Inicialmente, o negócio foi acertado por cerca de US$ 16,2 bilhões

 

Pedreste de máscara passando por loja da Tiffany & Co., na China
No entanto, com a chegada da pandemia global, incertezas e conflitos tomaram conta da união

 

Loja da Tiffany
Em setembro, o LVMH disse que não prosseguiria com a compra. A negociação se transformou em uma batalha judicial

 

Joias da Tiffany
Agora, o conflito parece estar encerrado. A Tiffany & Co. decidiu aceitar um preço mais baixo, reduzido em cerca de US$ 425 milhões

 

Fusão benéfica

Apesar das incertezas geradas pelo surto de Covid-19 e do conflito público, como enfatizou o Business of Fashion, a lógica da fusão sempre foi convincente e majoritariamente benéfica. Desde o início, em novembro de 2019, era vista como favorável para ambas as envolvidas.

Fundado por Bernard Arnault, o LVMH detém etiquetas renomadas na indústria, como Louis Vuitton, Givenchy, Dior, Fendi, Marc Jacobs, Kenzo, Celine e Loewe. Quando se fala em roupas e, mais especificamente, em produtos de couro, a empresa francesa é líder.

Já no ramo de joias e relógios, o grupo é proprietário de marcas como Bulgari, TAG Heuer, Fred, Hublot e Chaumet. Contudo, no segmento de joias, não havia liderança. Com a Tiffany no portfólio, o grupo francês passa a competir diretamente com o concorrente suíço Richemont, que é dono da Cartier e da Van Cleef & Arpels. Além disso, fortalece a presença nos Estados Unidos.

Por outro lado, a Tiffany pode aproveitar o momento para modernizar campanhas de marketing e se firmar com mais força no varejo. “Ingressar no LVMH a coloca no seio de um titã da indústria cujo tamanho lhe dá uma influência significativa com varejistas multimarcas, construtoras, revistas, influenciadores e outros atores importantes no ecossistema da moda”, avaliou o BoF.

loja da Tiffany
A transação é uma das maiores já feitas na história do mercado de luxo. Ao que tudo indica, a fusão continua benéfica para ambas as envolvidas

 

“A aquisição da Tiffany vai reforçar a presença da LVMH em joias e aumentar ainda mais sua presença nos Estados Unidos”, apontou comunicado oficial das empresas no ano passado

 

"Presentes" da Tiffany & Co., posicionados na base da árvore de natal
A Tiffany & Co. deve passar a ser parte do LVMH oficialmente início de 2021, dependendo da aprovação de acionistas e de regulamentações

 

Em meio aos desentendimentos recentes e à pandemia global, tanto o LVMH quanto a Tiffany & Co. se recuperaram rapidamente do caos. As vendas de moda da companhia francesa foram impulsionadas na China, enquanto a Tiffany informou no início deste mês que as vendas têm subido significativamente. Segundo a joalheria, os lucros gerais do quarto trimestre de 2020 devem registrar um aumento sólido em relação à 2019.

“O mercado de luxo já passou por muitas crises e sempre se recuperou. Algumas grifes não pararam de vender nem mesmo durante as grandes guerras. O que muda agora é que todos foram obrigados a fechar e a repensar o modelo de negócio”, explicou Malu Albertotti, especialista em mercado de luxo, em entrevista sobre o caso concedida ao portal da IstoÉ.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?