Rihanna e SZA fazem Sephora fechar as portas nos EUA
Gigante da beleza pausará suas atividades para oferecer treinamento sobre diversidade aos seus funcionários norte-americanos
atualizado
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A francesa Sephora fechará todas as suas lojas, centros de distribuição e escritórios nos Estados Unidos nesta quarta-feira (05/06/2019). A gigante da beleza oferecerá um treinamento sobre diversidade aos seus funcionários norte-americanos.
A ação acontece após um incidente racista envolvendo a cantora SZA. No dia 30 de abril, a indicada ao Grammy relatou um episódio um tanto constrangedor em seu Twitter. A artista visitava uma franquia da marca de cosméticos no sul da Califórnia quando foi abordada por um segurança. De acordo com ela, o profissional teria sido acionado devido ao seu tom de pele.
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Entre os novos talentos da indústria fonográfica americana, SZA corre por fora com sua poderosa voz. Aos 28 anos e tendo lançado apenas um álbum, a artista chegou ao mercado com uma ótima aprovação entre os críticos e amantes da música, figurando na parada de CDs da Billboard por mais de 100 semanas.
Contudo, mesmo com tamanho sucesso, a cantora ainda sofre com o preconceito enraizado na cultura norte-americana, como ela descreveu em seu Twitter. “Rindo muito! Sandy, da Sephora 614, de Calabasas, chamou o segurança para garantir que eu não estava roubando. Tivemos uma longa conversa. Tenha um dia abençoado, Sandy”, postou na rede social.
A americana, que havia ido à loja para renovar seu estoque de maquiagens com produtos da Fenty Beauty, de Rihanna, demonstrou seu descontentamento na rede social. “Poderia uma mana comprar suas makes Fenty em paz?”, escreveu.
Sempre atenta ao mundo da internet, principalmente quando suas etiquetas estão envolvidas, Rihanna tomou conhecimento do caso e resolveu intervir. Na semana passada, a estrela de Barbados enviou um vale-compras de sua marca à colega. No cartão que acompanhava o presente, a popstar escreveu: “Vá comprar suas maquiagens em paz. Com amor, Rihanna”.
No entanto, parece que a atuação da popstar não se restringiu ao mimo. Acredita-se que Rihanna tenha exigido alguma postura mais enfática da Sephora (principal ponto de vendas de sua label de maquiagens), já que, até então, a rede tinha se limitado a emitir um reply engessado no Twitter.
“Levamos esse tipo de reclamação muito a sério. Criar perfis baseados em raça não é algo tolerado em nossa empresa. Estamos reunindo informações para darmos o próximo passo. Nosso objetivo é ser um espaço inclusivo e acolhedor para todos os nossos clientes”, declarou a conta, em resposta a SZA.
Não existe mais espaço para preconceitos de qualquer cunho na indústria da moda e da beleza. Grifes emblemáticas, como Gucci, Prada e Off-White, já sofreram boicotes de grandes proporções devido a produtos e comportamentos que ofenderam os negros nos últimos meses, e a Sephora, certamente, está atenta ao cenário.
Um dia de pausa nas atividades da empresa resultará em um prejuízo milionário para a companhia, mas a perda não se compara aos problemas que novas acusações podem trazer à saúde da rede de cosméticos. A coluna parabeniza a Sephora pela atitude. Treinamento e conscientização são a chave para um mercado livre de preconceitos!
Colaborou Danillo Costa