Protagonistas da vez: casacos roubam a cena nas semanas de moda
Ideais para complementar qualquer look, capas, trench coats e bombers de diversos estilos e texturas prometem fazer sucesso nesta temporada
atualizado
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O inverno pede uma variedade de casacos e sobreposições que, além de nos proteger do frio, precisam ser estilosos, confortáveis e marcantes. Vi exatamente isso nas passarelas de 2018.
Chamaram atenção o look rainbow da Burberry, os ponchos da Roksanda e as dramáticas capas sombrias da Alexander McQueen. As releituras de clássicos foram as apostas da temporada: as bombers foram readaptadas para a estação e os elegantes trench coats tiveram um retorno absoluto.
Prontos para dominar o street style, os casacos complementam as produções. Texturas, brilhos, materiais inusitados e prints diversos dão o charme final.
Vem comigo!
1. Trench coats
Uma curiosidade interessante: a Burberry inventou o trench coat para proteger os soldados britânicos do frio e da chuva, durante a Primeira Guerra Mundial. Após o fim do conflito, a marca inglesa transformou a peça em item-desejo, e várias grifes passaram a copiar o estilo. Agora, décadas depois, eles estão de volta.
Nesta temporada, a Versace apostou na tendência oitentista e abriu o desfile com um casaco vinho que arrancou suspiros. A Hermès optou por shapes acinturados e couro macio. A Fendi focou o padrão mais clássico, enquanto a Miu Miu investiu na versão inflated de vinil.
A Burberry, obviamente, não ficou de fora: apresentou na passarela o trench coat em diferentes estampas. A ideia era colocar detalhes inusitados com um mix de cores e técnicas tradicionais reinventadas. O modelo xadrez chamou atenção pelo styling futurista, enquanto o tipo mais tradicional apareceu sobreposto por um combo de moletom. Os designers pegaram o antigo e deram uma repaginada.
Versace
Hermès
Fendi
Miu Miu
Burberry
2. Inflated bombers
As jaquetas no estilo bomber foram destaque das passarelas no ano passado e, agora, voltam readaptadas. As novas versões são ainda mais largas e, em alguns casos, bastante extravagantes. A regra da vez é: quanto maior, melhor.
A Gucci chamou atenção pelos modelos volumosos. Apesar do estilo neutro, os cortes mais largos também misturaram cores. A Miu Miu investiu nos shapes oversized dos anos 1980, apresentando bombers na estampa xadrez tipo príncipe de Gales.
Jeremy Scott abusou dos bolsos, enquanto Tom Ford misturou texturas e estampas de forma glamourosa e divertida. Na Juicy Couture, um mix entre a sofisticação e o brilho dos paetês consolidou uma produção bem urbana.
A Chanel trouxe as inflated bombers de maneira mais sóbria, e a Burberry escolheu uma paleta divertida. Alexander McQueen apostou em um modelo diferente da peça: recortes e gola exuberante atraíram olhares de quem gosta de um estilo mais excêntrico. No final, todas eram fantásticas: no lugar da sobriedade clássica do inverno, os tons apareceram ainda mais intensos.
Miu Miu
Jeremy Scott
Tom Ford
Juicy Couture
Chanel
Burberry
Alexander McQueen
3. Jaqueta de couro
Estilo clássico que nunca sai de moda. Sabendo disso, as marcas jamais poderiam ficar sem investir no modelo. A Dior variou nos shapes, exibindo um look todo em couro com a modelagem na altura da cintura – além de outra, mais tradicional, por cima de um vestido de patchwork.
Na Versace, o mix entre o couro e o xadrez davam um toque cool à passarela, complementado de forma moderna com tachinhas. A concepção de Donatella faz reviver a tendência cowboy chic, que fez bastante sucesso no início dos anos 2000.
A peça apareceu no shape de trench coat na Hermès, mas também em uma jaqueta mais curta azul-marinho, bastante sofisticada e com mangas folgadas. A Miu Miu também priorizou a ousadia e apostou no modelo oversized de couro desgastado, com ar vintage. Em outro look, o couro marrom ficou no interior, complementando a estampa desigual com um vestido vermelho curtíssimo. O estilo James Dean, descolado e despojado, vem à mente quando observamos essa tendência.
Dior
Versace
Hermès
Miu Miu
4. Suéter para festa
Proposta totalmente versátil. Dependendo do modelo e da cor, torna-se fácil de combiná-la, além de agregar-se a qualquer look. Nas passarelas, esses itens apareceram diversas vezes, a maioria em tricô.
Na Hermès, eles deram as caras em tons neutros e com detalhes em amarelo. Um dos destaques da Dior foi o suéter com a frase “C’est non, non, non et non” (traduzida do francês: “É não, não, não e não”). O casaco combinou perfeitamente com o cenário feminista.
Mas o diferencial ficou nas mãos da Fendi, que optou por peças felpudas com a logomarca da grife e também por casacos oversized de tricô, combinando com uma saia midi e botas amarelas over-the-knee.
Já as criações de Oscar de la Renta priorizaram o conforto ao apostar em mangas amplas e golas largas. O segundo modelo, vermelho, segue a tendência do ombro a ombro, deixando-o extremamente elegante.
Hermès
Dior
Fendi
Oscar de la Renta
5. Sobretudo
Há quem veja o sobretudo como uma versão do trench coat e vice-versa. Mas cada um tem suas peculiaridades. Primeiramente, o comprimento: varia de acima dos joelhos até os pés, cobrindo quase todo o look. Além disso, ele não é tão acinturado e se limita ao molde “reto”. Dito isso, vamos aos destaques.
A Fendi apostou no estilo mais retrô, nas cores cinza e terra para seus casacos de pele old-fashioned. Na Miu Miu, penteados bufantes dão um ar bad girl às tops, como foi o caso de Elle Fanning. A atriz abriu o desfile usando um casaco oversized caramelo complementado por um lenço azul amarrado no pescoço. Um arraso!
Alexander McQueen concentrou-se na elegância, com um sobretudo preto de barra irregular repleta de franjas com uma listra vermelha. Quando chegou a vez do outro modelo, foi amor à primeira vista! A peça escura possui a parte inferior em renda, deixando as pernas à mostra.
Fendi
Miu Miu
Alexander McQueen
6. Ponchos
Criados tradicionalmente para proteger de intensas frentes frias, os ponchos ganharam versões ultrassofisticadas e decoradas com rendas, babados e amarrações. O tecido normalmente utilizado na produção é o tricô, mas não há restrições na hora de criar.
Os modelos da Alexander McQueen e Off-White roubaram o coração daqueles que prezam pela elegância. As peças da marca de Virgil Abloh variavam entre comprimento assimétrico, diversas camadas e sobreposições criativas. Já a Nina Ricci investiu no estilo mais tradicional, na cor preta, com um leve decote em V.
Alexander McQueen
Off-White
Nina Ricci
7. Capa e sobretudo
Apesar do caimento retangular parecido com o poncho, as capas se diferem pela abertura frontal. São perfeitas para sobrepor o look de maneira sofisticada e elegante, como foi o caso do modelo Chanel em pelagem e detalhes de pena.
Outros looks aparecem de forma mais tradicional: longos e em tecidos bem quentes. Na passarela da Nina Ricci, o clássico casaco preto de molde reto, com as iniciais da grife expostas na gola, ganhou destaque. Porém, para agradar aos mais extravagantes, a marca apresentou um design supersofisticado, feito de pelagem. Que sonho!
Saint Laurent decidiu apostar no gótico. As tops desfilaram com uma produção all-black, sobreposta por peças também escuras. A linha masculina apareceu na mesma vibe obscura.
A Burberry chamou bastante atenção pelas escolhas ousadas e cheias de cores e estampas. Ausente das passarelas desde 2016, a modelo Cara Delevingne retornou e desfilou uma capa colorida no estilo arco-íris, toda de pelo. A ideia foi um tributo à juventude LGBT. A passarela estava repleta de referências à comunidade.
Chanel
Nina Ricci
Saint Laurent
Burberry
8. Blazer
Os blazers protegem do frio e proporcionam um ar elegante, perfeito para diversas ocasiões. Funcionam nas reuniões de negócios e também em jantares sofisticados. A Dior investiu em roupas que lembram a moda do fim dos anos 1960. Os patchworks, por exemplo, foram feitos a partir de antigas estampas da grife e marcaram presença nos modelos menos sérios e mais despojados.
Na Versace, a peça apareceu com conceito mais clássico: estampado no xadrez estilo escocês e em grandes broches completando o look. Para agradar aos mais tradicionais, a grife também tinha um blazer preto com detalhes em amarelo. Na mesma sintonia, Alexander McQueen escolheu tons sóbrios, e a Chanel misturou cores e texturas.
Dior
Versace
Alexander McQueen
Chanel
As opções são inúmeras – cores, estampas, texturas e tecidos diferentes –, mas vale lembrar que o casaco é uma peça-chave para montar qualquer look. O potencial criativo dele é imenso e, dependendo da direção e do gosto de cada um, a peça tem o poder de criar uma produção cool, chique, sensual ou sofisticada. O friozinho já chegou por aí?
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