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Paris Fashion Week: confira os destaques do fim de semana

Balmain, Balenciaga, Off-White e Celine reafirmam a importância de seus diretores criativos no atual cenário da moda

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Desfile de outono/inverno 2020 da Balmain
1 de 1 Desfile de outono/inverno 2020 da Balmain - Foto: SAVIKO/Gamma-Rapho via Getty Images

O Paris Fashion Week acaba nesta terça-feira (03/03/2020), mas ainda há muito o que ser visto na semana de moda que fecha a temporada de outono/inverno 2020. Stella McCartney, Giambattista Valli, Alexander McQueen, Chanel e Louis Vuitton são algumas das marcas previstas para os dois últimos dias do evento, mas, antes de seguirmos rumo à reta final desta edição, precisamos falar sobre os novos trabalhos de Demna Gvasalia, Olivier Rousteing, Virgil Abloh e Hedi Slimane, exibidos na capital francesa neste fim de semana.

Venha comigo dar uma olhada!

Balenciaga

Conhecido por fazer críticas sociopolíticas em seus desfiles, Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, mirou nas mudanças climáticas para a apresentação de outono/inverno 2020.

Lembrando que os oceanos sobem mais a cada ano, o estilista submergiu sua passarela e pelo menos três fileiras da arquibancada, deixando nomes como Kim Kardashian e Anna Wintour em filas onde nunca pensaram estar um dia. No alto da instalação, uma gigantesca tela de LED refletia imagens apocalípticas na água.

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Desfile da Balenciaga teve arquibancada submersa e projeções na água

 

Em uma sucessão de looks desprovidos de cor, a exemplo do que aconteceu em muitas coleções de Milão, o show foi norteado por modelagens eclesiásticas, texturas e a maxialfaiataria tradicional nos trabalhos de Gvasalia.

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Início da apresentação foi marcado por batas que remetem à religião católica

 

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Mais uma das túnicas exibidas pela Balenciaga

 

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Grife explorou texturas como a do látex, material amplamente utilizado na semana de moda francesa 

 

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Sobretudo criado com a matéria-prima

 

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Os maxiombros apresentados na temporada passada estão de volta

 

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Agora, acompanhados de silhuetas angulosas

 

Perambulando pelos mais diversos tipos de adoração, o desfile exibiu uma série de visuais inspirados no motocross e no futebol. Camisas de time confirmaram o flerte da grife com os campos, logo após ter lançado uma espécie de chuteira em janeiro.

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Roupas de motocross apareceram em pelo menos quatro produções

 

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Etiqueta apostou nos uniformes de futebol

 

Como nas temporadas anteriores, os modelos percorreram a passarela com celulares nas mãos, porém símbolos de Wi-Fi sem conexão e cabos amarrando rabos de cavalo indicavam que, a esta altura, tais objetos são relíquias obsoletas.

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Gvasalia fez outro link com as mídias sociais, mas dessa vez com um significado mórbido

 

Balmain

Desde que o documentário sobre a vida de Oliver Rousteing, diretor criativo da Balmain, chegou aos cinemas, em outubro de 2019, o estilista vive uma fase autobiográfica em seu trabalho.

Na mais recente coleção masculina da grife, lançada em janeiro, o designer trilhou um reflexo de seu perfil: um homem educado na burguesia francesa com um código genético vindo do nordeste da África.

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Olivier Rousteing refletiu suas vivências na coleção masculina de outono/inverno 2020

 

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Trabalho reuniu suas raízes africanas com experiências na França, onde foi criado por um casal de Bordeaux, depois de ter sido adotado

Agora, no outono/inverno 2020 de sua linha feminina, o líder da Balmain continua a exacerbar suas origens. Inspirado por motivos equestres e pelos anos 1980, Rousteing reinterpretou o estilo das mulheres de Bordeaux, cidade onde cresceu.

Por meio de muitas estampas de lenço, roupas e acessórios de couro, tons terrosos e capas, o designer empoderou as modelos ao criar a figura de uma amazona urbana, com direito a técnicas de manipulação de tecido que remeteram às estátuas das guerreiras gregas.

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Assim como na coleção masculina, Olivier abusou das estampas de lenço

 

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Peças de couro e tons terrosos se relacionam com as inspirações equestres usadas pelo designer

 

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Capas desenvolveram a imagem da amazona moderna de Rousteing

 

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Francês usou técnica para desenvolver peças que parecem esculturas

 

Ombros marcados, tecidos reluzentes, saias balonê e os botões paralelos presentes na maxialfaiataria da marca são os responsáveis pelo tom oitentista do trabalho.

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Criações em paetê remeteram aos anos 1980

 

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Estilista também utilizou o látex

 

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Ombros marcados e saia balonê: combo oitentista

 

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Mais referências da década neste terno

 

Off-White

Estamos em pleno Paris Fashion Week, mas a Off-White parece ter chegado atrasada para a Semana de Alta-Costura, que aconteceu em janeiro.

Bem distante do streetwear que a tornou mundialmente famosa, a companhia de Virgil Abloh, também diretor criativo da linha masculina da Louis Vuitton, apresentou uma coleção guiada pela alfaiataria e a moda festa.

Obviamente, estes dois traços clássicos da moda ganharam as devidas atualizações por meio da visão vanguardista do estilista. Em um trabalho de contrastes e desconstruções, o norte-americano agregou peças esportivas a vestidos plissados com saias volumosas.

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Gigi Hadid usou híbrido de vestido de noiva com casaco esportivo

 

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O longo plissado de Bella Hadid também seguiu a proposta

 

Sobretudos e camisas, por sua vez, foram desenvolvidos em materiais inusitados, como nylon, organza e pele de vaca, ao passo que pichações e cortes assimétricos garantiram aos itens tradicionalistas um aspecto urbano e juvenil.

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Sobretudo de pele de vaca tem tudo para conquistar os adeptos do mood country que toma a moda

 

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Aqui, a peça foi criada em nylon cintilante

 

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Completando o clã Hadid, Yolanda, mãe de Bella e Gigi, surge na passarela com blazer pichado

 

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Alfaiataria ganhou silhuetas assimétricas que rejuvenesceram os costumes

 

Ao fim do show, o couro, grande estrela do outono/inverno 2020, surgiu com versões vibrantes e coloridas, em camisolas, macacões e calças boca-de-sino. Enquanto isso, o mood oitentista apareceu em mangas bufantes e tecidos brilhosos. Os recortes circulares, trabalhados na temporada passada, reapareceram em peças pontuais.

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A camisola de couro azul de Virgil Abloh

 

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Calça boca-de-sino foi combinada com blazer oitentista

 

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As mangas bufantes dos anos 1980 ao estilo Off-White

 

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Os recortes circulares implementados na última temporada seguem no trabalho da label

 

Celine

A paixão de Hedi Slimane, diretor criativo da Celine, pelo vestuário da burguesia parisiense da década de 1960 continua inabalável. Oferecendo a estética pela qual é conhecido, o estilista, mais uma vez, imprimiu a imagem do rockstar em sua linha masculina, com calças slim, casacos poderosos e óculos grandes norteando a maioria dos looks.

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Hedi Slimane continua apostando na figura do rockstar

 

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Jaquetas poderosas e calças slim formam a silhueta masculina do designer

 

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Peças de época deram aspecto retrô em alguns looks

 

Tudo isso também está disponível para as mulheres, mas elas apareceram com a elegância extra assimilada pelo designer enquanto trabalhou com Yves Saint Laurent.

O mood boho chique apareceu nas referências hippie, como vestidos fluidos estampados, mangas bufantes, coletes ciganos, chapéus e capas.

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A Celine elevou a estética boho chique com muita elegância

 

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Referências hippie apareceram nos vestidos estampados e capas

 

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Coletes ciganos também contribuíram para a imagem difundida entre as décadas de 1960 e 1970

 

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Assim como os chapéus

Camisas de poá, saias de veludo, vestidos com mangas amplas e sapatos plataforma nos levam direto às garotas descoladas dos anos 1960.

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Saia de veludo e salto plataforma nesta produção

 

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Vestido de poás com mangas amplas ilustra bem a vibe da coleção

 

Por fim, as peças de alfaiataria e casacos de pele incorporaram as baixas temperaturas ao outono/inverno 2020 da casa, marcado por uma aura de festival que só Slimane é capaz de reverberar.

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Casacos de pele deram tom invernal ao compilado

 

Colaborou Danillo Costa

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