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Os cinco desfiles mais bombados do outono/inverno 2018 da NYFW

Além da despedida de Carolina Herrera, você vai conferir os highlights de Calvin Klein, Philipp Plein e Alexander Wang. Vem comigo!

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Herrera
1 de 1 Herrera - Foto: Getty Images

Após nove dias intensos de desfiles, com a nostalgia dos anos 1980, mudanças nos bastidores e celebridades nas primeiras filas, a Semana de Moda de Nova York – que aconteceu entre 8 e 16 de fevereiro – chegou ao fim.

Além da inesperada aposentadoria da icônica Carolina Herrera após 37 anos como diretora criativa de sua marca homônima, Christian Siriano comemorou 10 anos de carreira. Raf Simmons investiu na criatividade, inspirando-se no atual cenário mundial, e nos envolveu em sua narrativa política para a terceira temporada consecutiva como diretor criativo da Calvin Klein. Phillip Plein, por sua vez, fez nevar na passarela, enquanto Alexander Wang caprichou nos blazers com ombros afiados e looks arrebatadores cheios de sensualidade.

Outros estilistas que marcaram presença nos desfiles da Big Apple são Brandon Maxwell, Tom Ford, Coach, Ralph Lauren, Badgley Mischka e Oscar de la Renta. A lista de celebridades que passaram pelo evento também foi robusta.

As modelos Bella Hadid, Kate Upton, Rosie Huntington-Whitely e Hailey Baldwin (queridinha de Dolce & Gabbana) estiveram por lá com as loiras Paris Hilton, a influencer Chiara Ferragni e a top Heidi Klum. Isso sem falar nas atrizes, como Katie Holmes, Margot Robbie, Meg Ryan e Julianne Moore, que foram conferir as propostas desta temporada. Além delas, a polêmica rapper Cardi B e o ator Adrien Brody marcaram presença.

Quer saber mais? Vem comigo!


1. Calvin Klein
Quem disse que a passarela não é palco para manifestos políticos? Em um cenário que mais parecia uma exposição de arte, Raf Simons elegeu o antigo prédio da bolsa de valores de Nova York – o American Stock Exchange – para o desfile da Calvin Klein, em uma ambientação que contava com três celeiros em uma fazenda abandonada.

O clima era pesado e a mensagem de um Estados Unidos decadente ecoava nas paredes revestidas por obras do pop artist Andy Warhol. Dentro, três caminhões despejaram pipoca, forrando o chão em que tanto as modelos quanto os convidados caminharam. Além disso, esculturas de Sterling Ruby – artista americano que há anos trabalha em colaborações de Simons – compuseram a cenografia.

Bolsas e sacos de pipoca completavam os casacos com faixas largas, refletivas e prateadas, uma homenagem deliberada ao corpo de bombeiros. Sem falar nas balaclavas, luvas, botas na altura da coxa e no prateado dos cobertores de emergência (feitos com Mylar) readaptados em vestidos delicados que exibiam as costas das modelos – isso deu um toque futurista à coleção. Cortes acinturados contrastavam com peças oversized, sobreposições e maxicasacos.

Os personagens Coiote e Papa-Léguas, da Looney Tunes, originalmente mostrados como curta-metragens nos cinemas em 1949, também apareceram em algumas peças. Saias longas, rendas e peças com pegada country da última temporada, incluindo camisas bicolores de caubói, fizeram parte da inusitada coleção.

O grito político também esteve presente na trilha sonora, que incluia clássicos como The Sound of Silence, de Simon & Garfunkel, e This is Not America, de David Bowie.

 

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O desfile repleto de mensagens, ousadia e sobreposições foi ainda melhor do que os anteriores. A marca deixou de ser minimalista e se transformou em um retrato da população americana, que hoje caminha rumo à distopia – ao contrário da utopia, o termo se refere a uma sociedade desumana e completamente reduzida em meio ambiente destruído. Talvez esse tenha sido o desfile mais surpreendente da semana de moda americana.

“A coleção é uma evolução da minha ideia na Calvin Klein – uma visão da sociedade americana – mas agora mais ampla, universal. É uma parábola que reúne os antigos e novos mundos, relacionada com a descoberta da América, a corrida espacial dos anos 1960 e a era da informação do século 21. Refletindo sobre noção de democracia, não há hierarquia cultural: as misturas e referências libertam as roupas de seus significados e, a partir de suas próprias narrativas e colagens, descobre-se algo diferente – um sonho diverso. Esta coleção é sobre liberdade”, disse o diretor criativo da grife, Raf Simons.

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2. Carolina Herrera
A notícia que pegou todos de surpresa durante a Semana da Moda de Nova York foi a aposentadoria da designer Carolina Herrera como diretora criativa de sua marca homônima. Considerada um dos grandes nomes da moda, a designer venezuelana fundou a grife há 37 anos. Agora, trocará o antigo cargo pelo de embaixadora global da label. A partir da próxima temporada, quem assume o controle das criações é Wes Gordon que, inclusive, já assinou coleções de noiva para a marca. A escolha parece ter sido certeira, pois o designer tem know-how criativo sofisticado e feminino, bem similar ao de Herrera.

 

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O desfile foi definitivamente um highlight da NYFW. A coleção é moderna e, ao mesmo tempo, revisita clássicos de sua carreira – peças tridimensionais com bordados e aplicação de penas foram destaque. As listras sempre foram queridas pela designer e surgiram no vestido tomara que caia em tons de azul.

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O ponto alto do desfile foi o final, quando todas as modelos entraram na passarela usando a marca registrada de Carolina Herrera: a camisa branca. Para completar os looks, investiu em saias volumosas, com cores vibrantes e cintos marcantes. Membros do ateliê foram aplaudir a estilista e Wes Gordon presenteou Herrera com um buquê de rosas. A despedida perfeita para um ícone da moda!

Abaixo, a modelo brasileira Ellen Rosa protagoniza o catwalk final do desfile. Já falei sobre a trajetória e o sucesso da top em outra matéria, lembra? Vale a pena conferir.
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3. Philipp Plein
Nesta temporada, o estilista alemão apresentou um acervo de roupas esportivas para um inverno rigoroso. O ambiente era futurista. A modelo Irina Shayk desembarcou de uma nave espacial e desfilou ao lado de um robô – exageros normais em um desfile comandando por Philipp Plein.

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Em meio a nevasca artificial criada pelo designer, modelos mostravam que casacos volumosos, seguindo a tendência de Tom Ford, Adam Selman e Juicy Couture, podem ser cool. As fitas estampadas com a logo da marca e os grafites em cores neon foram os responsáveis por modernizar os figurinos com cara de estação de esqui.

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Inicialmente, parecia um desfile casual com ares de street style, mas Philipp é conhecido pelos exageros e não decepcionou. Os casacos de pele com efeito degradê deram o toque de glamour que faltava e que se espera de uma semana de moda nova-iorquina. Botas extravagantes, como as moon boots que roubaram a cena na passarela de Jeremy Scott, apareceram mais uma vez e se confirmaram como tendência para o próximo inverno: a estação vem por aí de forma chique, confortável e glamourosa!

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4. Alexander Wang
A aposentadoria de Carolina Herrera não foi a única novidade dos bastidores da moda americana. O estilista americano Alexander Wang, conhecido por sua estética sexy e urbana, anunciou que, a partir da próxima temporada, não se apresentará durante o calendário oficial da semana de moda nova-iorquina. Seguindo os passos de Azzadine Alaïa, o designer apresentará suas criações de maneira independente em junho e em dezembro. O motivo? Alinhar os desfiles à temporada de vendas.

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Para esta coleção, Wang dedicou suas produções a mulheres executivas dos anos 1980, acrescentando aos looks a pegada futurista do filme Matrix. Mudou da party girl para a business woman sem perder o sex appeal. O local escolhido foi o antigo escritório da editora Condé Nast, na Times Square, onde os convidados se sentaram entre os cubículos abandonados para assistir à apresentação.

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Blazers desconstruídos com ombros marcantes, macacões pretos e confortáveis, ternos ajustados e suéteres compõem o guarda-roupa da CEO de Alexander Wang. Acessórios brilhantes, como “lancheiras” de Swarovski e prendedores de cabelo prateados, foram destaque na cartela de cores sóbrias.

Os minióculos escuros – hit entre as fashionistas desde a última temporada – pareciam ter saído diretamente de uma cena do filme Matrix e combinaram perfeitamente com o mood da coleção.

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5. Christian Siriano
O jovem designer americano, que estagiou com grandes nomes como Vivienne Westwood e Alexander McQueen, comemorou o 10º aniversário nas passarelas de Nova York. O estilista que conquistou notoriedade após vencer a quarta temporada do reality show Project Runway é o queridinho dos red carpets e de celebridades como Angelina Jolie, Coco Rocha, Rihanna e Oprah Winfrey. Em suas criações, enfatiza o glamour e valoriza, acima de tudo, uma moda inclusiva para mulheres de todas as idades, cores e tipos de corpo.

“Grandes mulheres, poderosas e muito excêntricas queriam usar as roupas. Era excitante observar isso. Eu nunca procurei dizer ‘oh, tenho que vestir todos esses tipos diferentes de pessoas’. Diferentes tipos de pessoas queriam usar roupas, e eu estava tão feliz em vesti-las… Não me importo com mais nada”, afirmou o estilista.

 

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Para a temporada outono/inverno 2018, apresentou uma coleção elegante, repleta de tecidos luxuosos e silhuetas românticas. As fendas e decotes profundos deram o toque de sensualidade moderna à coleção, inspirada na arte britânica do final do século 18.

Na primeira fila prestigiando o estilista, estavam a rapper Cardi B, a atriz Meg Ryan e a ativista trans Laverne Cox.

 

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Os desfiles de Nova York trouxeram as primeiras tendências da temporada. Mais uma vez, praticamente todas remetem aos excessos, glamour, ombreiras e oversize dos anos 1980. Os óculos e as bolsas continuam minúsculos.

A onda futurista apareceu nas peças metalizadas, que dominaram as mais diversas passarelas. Observei também saias esvoaçantes, muita sobreposição e uma paleta de cores em neon, assim como maxicasacos, brincos exagerados e botas extravagantes. Os terninhos, apesar das ombreiras, vieram em cortes fortemente acinturados.

Esse foi apenas o começo da temporada de desfiles outono/inverno 2018. O nosso próximo destino é Londres. Desfrutem as dicas e até a próxima!

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