NYFW 2018: boemia sessentista na passarela de Carolina Herrera
Aposta da estilista em Wes Gordon deu certo. O DNA da label continua cheio de frescor, cores e feminilidade
atualizado
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Ao final da última temporada, a estilista Carolina Herrera, fundadora e até então diretora criativa da marca homônima, deixou o cargo e passou o posto para o americano Wes Gordon. A estreia do jovem na passarela da grife, nessa segunda (10/9), foi um dos eventos mais aguardados da temporada de desfiles em Nova York.
Ele não decepcionou. A vibe colorida e atemporal de sua antecessora estava evidente. Gordon manteve o DNA do legado de Carolina e trouxe ainda um toque contemporâneo à passarela. Minissaias e blazers oversized fazem parte do novo olhar do designer, que investiu no perfil feminino e sofisticado da label.
Sem erros, apostou na boemia, na nostalgia dos anos 1960 e não perdeu o romantismo. Carolina Herrera, por sua vez, assistiu ao desfile na primeira fila do New York Historical Society.
Vem comigo conferir!
Conhecida pelas saias de festa que vestia combinadas com camisas brancas, Carolina Herrera sempre foi uma mulher de classe. Desenvolveu um estilo atemporal, alegre e colorido, com fortes influências do pós-guerra.
Gordon, que trabalhou como consultor criativo da grife ainda em 2017, manteve o olhar sofisticado e criativo de Carolina. A passarela veio recheada de nostalgia. O toque personalizado do estilista se destacou nas minissaias sobrepostas por blazers similares aos uniformes escolares das garotas orientais. Adorei essa vibe K-pop.
A coleção está bastante colorida. Além do verde e do amarelo, mistura rosa-choque e vermelho – tendência recorrente nas passarelas de Brandon Maxwell, Rodarte e Prabal Gurung. Vimos surgir também o turquesa – a cor é novidade nesta estação.
Além da estampa floral e da fluidez dos vestidos boêmios, Wes também brinca com macacões que misturaram estilo e conforto. Botas logo abaixo do joelho e um excesso de poá remetem de forma irrefutável à década de 1960. Mangas bufantes, golas altas e babados interagem com conjuntinhos em xadrez e tons de laranja.
“Eu quero que as mulheres realmente se pareçam com as do presente. Não do passado, nem do futuro, porque não sei o que acontece no futuro. A mulher de hoje é sedutora”, diz uma célebre declaração de Carolina, relembrada por Wes em post no Instagram.
Enquanto alguns estilistas optam por renovar completamente o estilo das grifes quando assumem a direção, Wes Gordon fez diferente. Resolveu unir o melhor da tradição de 37 anos (completados em 2018) da marca com elementos do próprio estilo.
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Colaborou Hebert Madeira