Margiela, Saab e Gaultier fazem desfiles marcados pela assimetria
As apresentações aconteceram na Semana de Alta-Costura, em Paris, nesta quarta-feira (23/1)
atualizado
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A temporada de primavera/verão 2019 de haute couture está a todo vapor. Já é possível perceber quais foram as maiores inovações e também as tendências em comum. Nesta quarta-feira (23/1), Paris recebeu as apresentações de peso de Jean Paul Gaultier, Maison Margiela e Elie Saab.
As casas apostaram em looks deslumbrantes, com muita cor, assimetria e ombros marcados. Se você está acompanhando a Semana de Alta-Costura, não pode deixar de ver os destaques deste terceiro dia de shows.
Vem comigo!
Elie Saab
Tanto na alta-costura como no ready-to-wear, Elie Saab sempre investe na delicadeza e na elegância. Com criações minuciosamente pensadas, o estilista libanês não dispensa um brilho usado com precisão, além de acabamentos impecáveis.
Para a coleção desfilada nesta quarta-feira, a inspiração veio do mundo subaquático e das águas do Caribe. Nas roupas, a fineza de reproduções de escamas de peixe aplicadas e doses de transparência.
Várias peças apareceram na tonalidade dos corais, a cor do ano. Na paleta, também teve variações de azul, branco, lilás e cinza.
Depois da Chanel com uma noiva em traje de banho, Elie Saab também levou maiôs bordados para a passarela. Em tons de dourado e verde-metalizado, as peças chamaram atenção, complementadas com caudas longas e sobretudos cobertos por paetês.
Os sapatos foram sandálias com salto e escarpins. Nos pés, a escolha foi o dourado com um toque furta-cor.
Jean Paul Gaultier
Conhecido pela quebra de padrões e formas, Jean Paul Gaultier será o primeiro estilista a colaborar com uma escola de samba. Neste ano, o francês firmou uma parceria com a Portela. Antes disso, o francês preparou mais uma icônica coleção de alta-costura.
Além da assimetria, o trabalho de Gaultier apostou fortemente em ombros marcados e muitas cores. Na cartela, tons vibrantes de vermelho, verde, roxo e azul. O preto e o branco também tiveram destaque.
Um dos highlights foi a aparição da brasileira Raica Oliveira. Ela, que não desfilava em uma passarela de alta-costura desde julho de 2017, surgiu com decote profundo e luvas vermelhas.
O plissado das peças também foi reproduzido nos cabelos das modelos. Além de fios franzidos, foram usados acessórios e tinturas coloridas.
Maison Margiela
O DNA artístico de John Galliano chama atenção na indústria da moda. Quando se trata de ousadia e inovação, o britânico à frente da Maison Margiela é sempre lembrado. Os detalhes do corte e da técnica são as principais preocupações do estilista, apesar de apostar em criações excêntricas e desestruturadas.
Nesta temporada de primavera/verão 2019 na alta-costura, a Margiela insistiu nas peças desconstruídas com cores vibrantes. Com inspiração no livro Against Nature, do francês Joris-Karl Huysmans, o designer faz uma análise da sociedade em geral, cheia de excessos. Na história usada como referência, o personagem Jean des Esseintes critica a burguesia do século 19 e fica inserido em um universo paralelo ideal.
“Depois de propor um novo glamour e todas as coisas que descobrimos neste caminho, é hora de propor um capítulo para a Maison Margiela. A decadência é cíclica e o que vivemos hoje é reflexo do passado”, explicou John Galliano em podcast no iTunes.
No desfile, a pegada genderless apareceu em alta. Com música de suspense, os modelos caminhavam pela passarela espelhada, que refletia a arte colorida do teto. As peças misturaram texturas e recortes.
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Colaboraram Danillo Costa, Hebert Madeira e Rebeca Ligabue