Loja da Hermès reabre na China e vende milhões no primeiro dia
Reportagem do portal WWD mostra que houve forte recuperação do consumo de luxo pós-auge do coronavírus
atualizado
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Depois de meses de caos e confinamento, a China conseguiu conter o avanço interno do novo coronavírus e começa a voltar à normalidade. O comércio e até pontos turísticos estão retomando a rotina. No último sábado (11/04), uma boutique da Hermès foi reaberta no Taikoo Hui, na cidade de Guangzhou. Segundo informações do WWD, a marca vendeu milhões em produtos no primeiro dia de funcionamento depois do ápice da pandemia.
A grife faturou o equivalente a US$ 2,7 milhões (mais de R$ 14 milhões). De acordo com o portal, peças raras foram mandadas para o local, incluindo uma Birkin – uma das bolsas mais exclusivas do mercado – produzida com diamantes, sob encomenda.
Além disso, moradores da província de Guangdong, que representa a área mais rica do país, compareceram ao espaço para adquirir louças, sapatos, móveis e artigos de couro. Vários, inclusive, movimentaram redes sociais chinesas, como Weibo e Xiaohongshu, ostentando as novidades.
A Hermès não confirmou os números de vendas, mas comemorou a volta das atividades em territórios asiáticos. “A reabertura confirma o compromisso com o sul da China e marca um novo capítulo para a casa parisiense em Guangzhou, onde está presente desde 2004”, comunica a grife francesa.
Ainda de acordo com o WWD, antes da reabertura, a label fechou o ponto físico em Guangzhou, localizado no que era o centro de luxo da cidade, La Perle Plaza. Depois, fundiu essa equipe com sua loja em Taikoo Hui, inaugurada em 2011.
Globalmente, os impactos da Covid-19 são preocupantes. A pandemia resultou em lojas fechadas, eventos cancelados e empregos perdidos, mas também em uma relevante corrente de solidariedade. O setor já vem se preparando para consequências econômicas ainda mais intensas.
Na China, desde o mês passado, o comércio externo e o consumo doméstico vêm dando sinais significativos de melhora. Em geral, mais de 75% dos grandes exportadores retomaram quase toda a capacidade de produção, segundo o governo local.
Colaborou Rebeca Ligabue