Kylie Jenner usa chinelos de pele e é chamada de hipócrita
A empresária e influenciadora digital publicou foto usando pantufas com pele de vison, depois de ter feito um post sobre o fogo na Austrália
atualizado
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Uma escolha polêmica – e contraditória – de Kylie Jenner virou assunto nas redes sociais no início da semana. Pelo Instagram Stories, ela publicou uma foto na qual usava um par de pantufas da Louis Vuitton com pele de vison. O motivo da revolta dos internautas é que, horas antes, a empresária havia lamentado a morte de “meio bilhão de animais” com os incêndios na Austrália, em outro Story. Para os usuários, a postura foi hipócrita.
Vem comigo entender o caso!
No primeiro post, no último domingo (05/01/2020), com a foto de um bombeiro segurando um coala, Kylie escreveu: “Mais de meio bilhão de animais foram mortos na Austrália. Isso parte o meu coração”. Entretanto, horas depois, publicou a foto com as pantufas que deram o que falar no Twitter. Na imagem, a influencer mostrou os “dedos rosa bebê”.
A peça está disponível no site da Louis Vuitton (versão Estados Unidos) – nas cores preta, marrom, cinza e rosa – e custa quase US$ 1,5 mil. O calçado felpudo tem o logotipo da marca estampado e é feito com pele de vison (ou minque). Esse mamífero pertence à família das doninhas, como os furões e arminhos.
“Kylie postar sobre como ela está se sentindo de coração partido com a morte de animais na Austrália, devido aos incêndios, e depois publicá-la usando um chinelo feito de pele de vison é a maior hipocrisia de 2020”, disse o perfil Pop Crave (@popcrayye).
“O pior é que esses animais são mortos como nada e vendidos a marcas caras por US$ 5, apenas, para serem revendidos por mais de US$ 1 mil”, disse o usuário @CarlosSotoTV. Outra (@reaofsunshine_) escreveu que a situação a “fez perceber até que ponto chega a estupidez da família Kardashian.”
Segundo o PageSix Style, um representante da jovem bilionária de 22 anos se recusou a comentar o assunto. Depois da controvérsia, a People diz que ela doou US$ 1 milhão para ajudar os esforços no combate ao fogo. O E! Online afirma que o processo de doação começou antes mesmo da polêmica.
Eat the rich pic.twitter.com/JSxdMTTY8h
— Hugh Thanasia (@Lithunium_Snow) January 5, 2020
No dia 3 de janeiro, Kim Kardashian também sofreu críticas envolvendo os incêndios na Austrália. “Mudanças climáticas são reais”, ela tuitou. Só que, para alguns internautas, a riqueza da família Kardashian-Jenner ajudaria a resolver o problema. Ou, então, abrir mão de hábitos como viajar em jatos particulares em prol do meio ambiente, por exemplo.
Posteriormente, a magnata da beleza retrucou ao dizer que as pessoas pensam saber sobre tudo e acham que a família tem a obrigação de divulgar as boas ações feitas. No passado, ela foi alvo da Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) por usar pele, mas parece ter aprendido a lição.
nothing gets me more heated than to see people think they know what we donated to and to think we have to publicize everything https://t.co/9qW1h2eZXe
— Kim Kardashian West (@KimKardashian) January 6, 2020
Em junho de 2019, a empresária anunciou, pelo Instagram, que estava substituindo suas peças favoritas de pele animal por réplicas feitas com pelos sintéticos. “Amamos! Obrigado por estar fazendo mudanças compassivas que salvam animais e mostram ao mundo que estilos sem pele são o futuro”, elogiou o perfil oficial da Peta.
O movimento Fur Free, pelo fim do uso de pele de mamíferos em itens de moda, ganhou vários aliados nos últimos anos. A lista inclui grifes como Gucci, Versace, Burberry, Chanel, Diane Von Furstenberg, Prada e a própria rainha Elizabeth II. Em outubro de 2019, a Califórnia se tornou o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir a fabricação e venda de produtos com pele.
Porém, como toda decisão tem consequência, as peças de pelos sintéticos ou imitações de couro, quando derivados do plástico, não são uma alternativa tão ecologicamente correta. Clique aqui para descobrir o motivo.
Colaborou Hebert Madeira