Você já parou para pensar que existe uma conotação sexista por trás do termo “tomara que caia”? Afinal, precisa mesmo cair? Aproveitando o timing do Dia Internacional da Mulher, a marca Hering anunciou uma série de ações sobre empoderamento feminino e vai abolir a expressão problemática de toda sua comunicação. No que depender do movimento lançado pela etiqueta brasileira, as peças nesse estilo passarão a se chamar “blusa sem alça”.

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Como enfatiza a marca, a expressão “tomara que caia” só é usada para se referir às peças sem alça no Brasil. Em inglês, por exemplo, elas se chamam “strapless“. Já em espanhol, é “sin tirantes“. “Se existe um presente que as mulheres merecem todo dia, é respeito”, comunica a label pelo Instagram.

Com a campanha #BlusaSemAlca (sem cedilha) nas redes sociais, a Hering quer levantar um debate não só sobre o sexismo estrutural na moda, mas em toda a sociedade. Por meio da mudança na própria comunicação, a label espera levar essa reflexão a outras empresas e personalidades.

Para dar o pontapé na ação, um modelo exclusivo e limitado de blusa sem alça será lançado no dia 8 de março. O lucro com a venda da peça, à venda no site da marca, será revertido para a ONG Bem Querer Mulher, que busca o combate à violência contra a mulher e é apoiada pela ONU Mulheres.

Parceira da campanha, a atriz Mariana Ximenes veste a Blusa Sem Alça na capa da revista Harper’s Bazaar de março e participou de um talk com líderes femininas e profissionais da moda, nessa terça-feira (03/03), em São Paulo (SP).

Com participação de personalidades como a influenciadora digital Camila Fremder e o produtor de moda Dudu Bertholini, o evento teve dois bate-papos: Liberdade é Básico e Moda Empodera. O encontro foi uma colaboração da Hering com a Harper’s Bazaar.

O movimento #BlusaSemAlca é a primeira iniciativa de uma plataforma proposta pela marca, que reunirá várias ações ao longo de 2020. O objetivo é trabalhar questões femininas dentro da campanha Liberdade é Básico, projeto desenvolvido pela agência AlmapBBDO para a Hering.

Além de conscientizar o público das plataformas digitais sobre expressões sexistas enraizadas no dia a dia, a label pretende oferecer conteúdos voltados para o empoderamento feminino nas próprias plataformas digitais.

Hering

Marca com peças básicas e contemporâneas, a Hering atua no mercado de moda brasileiro desde 1880, fundada pelos irmãos alemães Bruno e Hermann Hering. A etiqueta pertence à Cia. Hering, companhia que detém Hering, Hering Kids, PUC e DZARM e é considerada a maior rede de franquias de vestuário do país. O grupo atua nos segmentos de vestuário e acessórios para mulheres, homens e crianças.

Colaborou Hebert Madeira